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Jovens preferem ler sobre a carreira pretendida

De acordo com dados do último Censo da Educação Básica do Inep/MEC de 2012, há 8.376.852 de alunos matriculados no ensino médio. Já no médio técnico, temos pouco mais de 1,3 milhão. Juntos, esses mais de 9 milhões compartilham uma mesma dúvida quando encerrado o ciclo escolar: ''para qual curso eu vou prestar vestibular?'' A questão foi o tema da última pesquisa realizada pelo Nube.

A enquete, entitulada ''Como fez para descobrir sua vocação?'', ficou disponível de 17 a 28 de fevereiro e contou com a participação de 4.812 internautas. As alternativas foram ''Li material sobre a carreira pretendida'', ''Realizei acompanhamento com psicólogos'', ''Pedi apoio para minha família'', ''Fiz testes vocacionais em sites ou instituições de ensino'' e ''Conversei com amigos e profissionais da área''.

A campeã foi ''Li material sobre a carreira pretendida'' com 37,55%. Para Yolanda Brandão, Coordenadora de Treinamento do Nube, buscar informação é um elemento fundamental para uma escolha madura e autônoma. ''Optar por uma carreira envolve uma análise de dados e requer reflexão a respeito de quem você é e quem pretende ser; ou seja, sobre o seu projeto de vida'', explica.

Em seguida, bem próximo, veio ''Conversei com amigos e profissionais da área'', com 32,27%. ''Quanto mais referências tiver, maior é a chance de acertar. Esse bate-papo pode ser um bom indicador de como aquela formação se aplica na prática. No entanto, não será possível saber tudo sobre o assunto, pois o mercado de trabalho é dinâmico e se ajusta às mudanças do mundo'', complementa a especialista.

Em terceiro, com 20,68% ficou ''Fiz testes vocacionais em sites ou instituições de ensino''. Yolanda alerta sobre o uso desse tipo de ferramenta. ''Podem ser bons aliados quando utilizamos como um apoio para pensar sobre valores e preferências. Porém, se não vierem acompanhados de muita pesquisa e reflexão, o resultado pode ser totalmente contestável e até atrapalhar.''

Por fim, vieram ''Pedi apoio para minha família'' (7,92%) e ''Realizei acompanhamento com psicólogos'' (1,58%). ''A decisão é de responsabilidade do jovem, mas isso não significa ignorar a opinião de entes próximos e profissionais especializados. Caso opte por uma profissão diferente, é preciso ter paciência e defender sua ideia. Lembre-se: nenhuma escolha é definitiva. A carreira é um processo dinâmico ao longo da vida e, sendo não-linear, pode ter mudanças e redirecionamentos'', finaliza Yolanda.

Mesmo encontrando sua vocação, muitos não conseguem concluir o sonho de entrar em uma Universidade por falta de vagas. De acordo com dados divulgados no site da Abres - Associação Brasileira de Estágios, com base no Inep/MEC 2012, somente 23% dos quase 12 milhões de candidatos inscritos em vestibulares efetivamente ingressam. Para quem não teve sucesso, a especialista deixa uma dica: “o jovem não deve desistir de seus objetivos de carreira. Nunca é tarde para iniciar uma faculdade”.

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