Se antigamente estagiários eram contratados como mão de obra barata ou para fazer atividades monótonas e rotineiras, atualmente, eles são peças-chave no mundo corporativo, conquistaram mais espaço, reconhecimento e, consequentemente, melhor remuneração.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), o valor de bolsa-auxílio paga a estudantes por empresas de pequeno, médio e grande porte, teve um aumento de 6,5% no país, em relação a 2011.
Realizado entre os meses de julho e agosto deste ano com estagiários de diferentes níveis, todos contratados de acordo com as regras da nova Lei de Estágio, o estudo aponta que os salários dos estudantes contratados chegam a R$ 710,76.
Entre os cursos que se destacam no país como os que pagam melhor, o levantamento aponta os de economia e engenharia, em nível superior. De tecnologia em secretariado e em mecânica, em nível superior tecnológico. E o de técnico em edificações em nível médio técnico.
Apesar de ser tentadora a oferta de salário alto, Waleska Cunha, gerente corporativa de RH da CSU, afirma que o jovem precisa levar em consideração as perspectivas de carreira que a empresa oferece. “Sabemos que o salário é muito importante, e que muitos estudantes optam por determinada vaga após analisar o salário. Mas, acima do salário deve estar a carreira, as chances de aprendizado e até mesmo de crescimento profissional. Acredito que a oportunidade de um contrato de estágio dar certo depende tanto da empresa quanto do estagiário, então ambos devem oferecer o seu melhor”, avalia.
Waleska diz ainda que o número de contratação de estagiários é cada vez maior e que os estudantes devem aproveitar ao máximo as oportunidades. “Nos dias de hoje, o estagiário tornou-se peça-chave nas companhias, que acabam gerando expectativa nesses profissionais, que estão no início da carreira”, diz.
De acordo com ela, na CSU, por exemplo, o estagiário não é contratado apenas para dar suporte a determinada área. Ele também elaborara projetos de melhoria – para área de atuação – que poderão ser implementados na companhia. “Isso é algo inovador, pois o estagiário aprende com a gente, mas também contribui. É realmente uma troca de informações e, quem sabe, de experiências”, explica.
A vantagem de a empresa abrir as portas para estagiários estão justamente na oportunidade de moldar o profissional de acordo com as normas da companhia. “O período do estágio acaba sendo essencial para que a companhia conheça melhor o profissional e opte pela contratação ou não”, diz.
Se resta alguma dúvida sobre os programas de estágio, Waleska ressalta que o estágio é o início da vida profissional. “É o começo da carreira, podemos dizer que uma oportunidade de se preparar para o futuro. Um estagiário tem a chance de aprender com profissionais experientes, sem ter a cobrança que um profissional já atuante no mercado de trabalho acaba recebendo. Não é que um estagiário esteja livre de cobranças, mas é algo totalmente diferente, pois as companhias sabem que é um profissional em fase de aprendizado. É uma oportunidade única”, conclui.
Dicas para ingressar no mercado
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no Brasil existem cerca de 8,4 milhões de jovens no ensino médio e 6,4 milhões no ensino superior aptos a conseguirem uma vaga no mercado de trabalho.
Para quem não sabe por onde começar, o Nube oferece vagas de estágio, aprendizagem, trainee e recém-formados. O cadastro é gratuito e pode ser feito no site www.nube.com.br. O banco de dados já conta com 3 milhões de cadastros.