Pesquisa divulgada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que em média 40% dos estudantes são reprovados nas seleções para estágio por apresentarem resultados deficitários em testes ortográficos realizados pela entidade.
O levantamento, feito com 6.716 estudantes que fizeram os testes, revela que na área de jornalismo, por exemplo, 49,45% dos jovens cometem erros acima do limite aceitável em testes ortográficos.
Veja abaixo reprodução das provas de ditados enviadas pelo Nube com os erros.
Entre alunos de pedagogia o índice de erros é de 50%; em matemática, de 66,66%; em artes e design, de 70,59%. No caminho contrário, 74,48% dos estudantes de engenharias e 82,75% de direito têm êxito nos exames ortográficos.
No nível superior/tecnólogo, o índice de aprovados nos testes ortográficos é de 60,22% e o de reprovados, de 39,78%. No nível médio/técnico a porcentagem de aprovados é de 63,27%, e de reprovados, de 36,73%.
No caso da reprovação por área, em comunicação e informação o índice é de 43,67; em artes e design, de 42,35; administração e negócios, de 42,35; ciências exatas e informática, de 39,53; saúde, de 38,49, engenharia, de 25,52; meio ambiente e ciências agrárias, de 20,38; e ciências humanas e sociais, de 17,07.
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De acordo com a supervisora da área de seleção do Nube, Aline Barroso, falar um segundo idioma pode ser o diferencial para candidatos a vagas de estágio ou emprego. No entanto, se a pessoa não dominar a língua portuguesa, já será eliminada de primeira.
“Com o advento do intercâmbio e a consequente busca por aprendizado no exterior, além da escrita tipicamente sintetizada e informal da internet, o jovem ganha obstáculos no aprimoramento da língua nacional”, diz Aline Barroso.
“Mas com uma pequena dose de leitura diária e cursos rápidos e muitas vezes gratuitos de atualização do português, o estudante se mantém apto a falar em público e expressar bem suas ideias”, garante.