Na primeira temporada de inscrições, que termina neste mês, o acréscimo foi de 20% em relação a 2011, segundo Natália Caroline Varga, coordenadora de seleção do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios). O número de vagas chegou a 30 mil.
A perspectiva leva otimismo a estudantes como Eduardo Gubbelini, 21. O aluno do último ano de engenharia da computação na Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista) já participou de 15 processos de seleção e aguarda ser chamado para sua primeira experiência como trainee.
"É a melhor maneira para entrar em uma empresa sem o peso de ter conhecimento total do trabalho e com chances de efetivação", acredita.
EXIGÊNCIA
Tanta oferta não significa colocação imediata. As empresas estão mais exigentes, observa Jacqueline Rezende, da IBS/FGV (escola internacional de negócios de Minas Gerais).
"Elas não buscam o estudante que apenas é bom tecnicamente, mas aqueles que têm os mesmos valores da companhia", avalia.
O candidato deve se informar dos critérios para não perder tempo.
A estudante de engenharia de produção Maria Heloísa Junqueira, 21, candidatava-se apenas a processos de empresas de logística e agronegócios. "Como não consegui, ampliei meu leque de possibilidades", relata.
NORTE E NORDESTE
As regiões Norte e Nordeste devem apresentar os maiores aumentos nas contratações de estudantes, repetindo o desempenho de 2011.
A migração de grandes empresas por conta da mão de obra barata e incentivos fiscais influenciam a alta, explica Roberta César, gerente de projetos da Cia de Talentos.
"Elas [as empresas] entenderam que contratar estudante é investir no crescimento próprio."
A carioca Paloma Morena Pereira dos Santos, 25, estudante de administração, pleiteia espaço no Recife pela primeira vez.
Para ela, muitas vagas oferecem remuneração melhor do que a capital fluminense.