SÃO PAULO – Um levantamento realizado pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) revelou que 70% dos estagiários acreditam que quem fuma pode perder vagas no mercado de trabalho.
Os estudantes afirmaram que os fumantes podem ser prejudicados porque o hábito de fumar afeta a produtividade do profissional, segundo 32,38% dos entrevistados.
Além disso, os respondentes disseram que as empresas estão mais restritivas aos profissionais fumantes, assim como a sociedade está mais intolerante. As respostas foram apontadas por 24,58% e 13,89%, respectivamente.
A pesquisa revelou também que, para 24,19% dos estagiários, o tabagismo não é importante no processo de seleção, mas, sim, o perfil do candidato. Apenas 4,96% declararam que fumar nunca afeta o rendimento do trabalhador.
Discriminação
A coordenadora de Treinamento Interno do Nube, Eva Buscoff, explica que não contratar um profissional por ser fumante é considerado ato discriminatório.
Entretanto, as explicações dadas pelas empresas por adotar tal postura “estão sempre atreladas aos problemas de saúde e males futuros causados pelo cigarro, sendo uma justificativa plausível, pois interfere na produtividade, seja pelo tempo dispensado para as idas até os chamados ‘fumódromos’ e até pelos riscos decorrentes do fumo”.
A especialista acrescenta ainda que, durante o processo seletivo, são observadas as competências comportamentais do candidato e o quanto ele tem o perfil próximo ao desejado pela empresa, mas o critério para desempate adotado pode ser o de contratar o jovem sem o hábito de fumar.
Para quem deseja uma vida saudável, a coordenadora dá a dica: “hoje, as organizações oferecem como diferencial Programas de Qualidade de Vida, estimulando os colaboradores a se cuidarem”. E complementa: “algumas até promovem corridas, ginástica laboral, atividades ao ar livre etc, como um atrativo para esses jovens em início de carreira”.