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“Um rei magestoso comandava o reino que era da família há ceissentos anos. Ele era um tanto desageitado, é verdade. Só que não era esseção. Para aumentar a aceitação entre os súditos, o rei resolveu contratar uma asesoria de imprensa. O asesor recomendou uma maior asciduidade nos eventos esportivos.”

O texto acima não existe, ok? Serve apenas para mostrar como os candidatos a estágio andam maltratando a língua portuguesa. Escasso, majestoso, seiscentos, desajeitado, exceção, assessoria, assessor, assiduidade são algumas das palavras escritas de forma errada por eles nos testes.

O levantamento é do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). Vejam outros crimes contra o português:

Ociosso (ocioso) Exzaltivo (exaustivo) Raciosínio (raciocínio) Percurço (percurso) Cinteze (síntese) Submiço (submisso)

De acordo com a pesquisa, 48% dos candidatos demonstram não ter domínio da língua portuguesa. O levantamento foi feito com 8.320 estudantes. E 6,3% dos candidatos conseguiram a proeza de errar mais da metade do teste de português, tirando qualquer chance de conseguir uma vaga.

Os engenheiros tiveram as melhores notas nos testes ortográficos, com 68,45% de aprovação. Já os administradores ficaram para trás e tiveram o pior resultado: apenas 38,09% de aprovação. Com um começo nada promissor, a chance de deslanchar no mercado de trabalho encolhe. O cidadão pode arrasar no inglês, mas se falhar na própria língua, vai para o fim da fila.

Há duas semanas, quando divulgou o valor médio da bolsa paga aos estagiários no país (R$ 723), o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, afirmou que as empresas procuram candidatos com domínio da língua portuguesa. “Isso passou a ser um diferencial competitivo para quem quer garantir um lugar no mercado.”

Você não precisa ser o nerd dos nerds. Também pode continuar escrevendo de forma doida e abreviada nas redes sociais. Mas não deve assassinar o português.#ficaadica

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