Levantamento do Nube revela a diferença entre as carreiras, sexo e níveis de escolaridadeDivulgação
Como a oferta de vagas no País ainda é reduzida, os estudantes com melhor preparo se destacam e conseguem um estágio
O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) fez uma nova pesquisa sobre os "Valores pagos aos estagiários do Brasil". Os dados revelam a média de bolsa-auxílio paga pelas empresas de pequeno, médio e grande portes em 2011. O levantamento foi feito com 22.680 estagiários do País, entre 10 de julho a 2 de agosto. Todos os envolvidos possuem contratos de acordo com as regras da nova Lei de Estágio, nº 11.788/08.
A média de bolsa-auxílio geral é de R$ 723, registrando a ascensão de 5,8% em comparação ao ano passado. A pesquisa aponta também uma diferença por conta do sexo: estagiários homens recebem, em média, R$ 770,51, um crescimento de 7,7% sobre 2010. Já as mulheres, ganham menos, R$ 687,04 e o crescimento sobre o ano passado foi de 4,7%.
Quando é feita a separação, os estudantes de nível superior recebem uma média de R$ 816,76, o que representa aumento de 6,7% de 2010 para 2011. Já para o nível superior tecnólogo, o valor é de R$ 774,75, com crescimento de 10,3%. O ensino médio passou para R$ 447,61, 16,3% a mais, comparado ao ano passado. Por fim, consolidando o crescimento do nível médio técnico, a pesquisa registrou aumento de 8,5%, atualmente em R$ 561,79.
Segundo o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, a melhora da bolsa-auxílio faz parte do momento econômico do País. "Investir em um jovem, treiná-lo e capacitá-lo se torna um diferencial competitivo para as empresas. Com a maior oferta de vagas é necessário reter os melhores estagiários e, com isso, o estudante ganha com o incremento na remuneração".VagasInfelizmente, o número de vagas ainda é muito baixo. Segundo dados do Inep/MEC, há no Brasil 8,3 milhões de alunos no ensino médio e, de acordo com dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), apenas 260 mil conseguem estagiar, o equivalente a 3,1% do total. No ensino superior são 740 mil estagiários para 5,08 milhões de matriculados, ou seja, 85,5% não conseguem uma colocação. "O estágio é o maior instrumento de inserção do jovem no mercado de trabalho e, com a lei 11.788, as empresas têm mais segurança jurídica para contratar estagiários", explica o presidente da Abres, Seme Arone Junior.
Apesar da quantidade de estudantes ser muito superior à oferta de vagas de estágio, os candidatos mais bem preparados conseguem se inserir no mercado de trabalho.