Neste Dia do Trabalhador, uma categoria, apesar de não ser formada por empregados, também comemora: os estagiários. Segundo o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) existem no Brasil, hoje, mais de 1 milhão de estagiários.Segundo Adriano Lírio, supervisor executivo do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) o estagiário é, sim, um trabalhador. "Por mais que um estagiário não tenha um contrato de emprego, ele tem uma relação de trabalho. O estagiário vai para a empresa desenvolver atividades compatíveis com o curso que frequenta e por isso recebe uma bolsa-auxílio. Assim, ele vai ter de se dedicar naquele horário, quando ele está na empresa", revelou o supervisor.A unidade operacional do CIEE de Passo Fundo atende 110 cidades na região. "Temos 2,1 mil estagiários em todos esses municípios", afirmou Lírio.O CIEE é uma organização não-governamental filantrópica que está completando 42 anos. "O papel do CIEE é qualificar pessoas para o mercado de trabalho. Completamos 42 anos de existência e nesse tempo já colocamos 1,4 milhão de jovens no trabaho."Para o supervisor, "o grande objetivo do CIEE é que os estudante ingresse na empresa, desenvolva um bom trabalho para conseguir efetivação."
(Estagiários foram beneficiados com alterações na legislação e contam com férias e vale-transporte / FOTO BRUNO PHILIPPSEN)
Alterações na lei dos estágiosAdriano Lírio explica que em 2008 aconteceram muitas alterações na lei dos estágios, "pois a legislação anterior era muito antiga. Havia situações que não eram previstas, como o tempo que o estagiário podia permanecer na empresa, a carga horária. As principais alterações foram a oferta de férias aos estagiários, definição da carga horária máxima de 6h diárias, inclusão do auxílio-transporte e o tempo máximo de 2 anos para o estágio."Ele acredita que isso tenha qualificado mais o estágio. "A lei trouxe segurança para as empresas e para os estagiários", afirmou Lírio.
Como se inscrever O CIEE desenvolve dois programas: o encaminhamento de estágios e o Aprendiz Legal, conforme contou o supervisor Lírio. Para participar do programa de estágios é preciso ter mais de 18 anos e estar cursando o ensino médio ou o ensino superior. Já o programa Aprendiz Legal, que é uma parceria com a Fundação Roberto Marinho, exige idades entre 14 e 24 anos e estar cursando qualquer nível de ensino ou concluintes do ensino médio. Lírio explica a principal diferença entre os dois programas: "a diferença do projeto de aprendizagem é a carteira de trabalho assinada, o que não acontece com o estágio."