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As principais entidades no País que realizam a integração de estudantes, empresas e instituições de ensino estão prevendo um 2010 muito positivo à oferta de vagas para estágio. Estas entidades atuam na identificação, seleção e qualificação de estudantes para integrá-los aos programas de estágios oferecidos pelas empresas.

Para o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), esta melhora já começou a ser percebida desde dezembro de 2009 e se prolongará até este mês, quando a entidade estima que serão oferecidas 60 mil vagas de estágio. Esta demanda, de acordo com o Ciee, é em razão do aumento de oportunidades nesta época do ano devido aos contratos que se encerram ou efetivação de parte dos estagiários.

Segundo o superintendente operacional do Ciee, Eduardo de Oliveira, após a crise financeira e a adaptação da nova lei de estágio, que completou um ano em setembro, o mercado voltou a se expandir. O estágio é, cada vez mais entendido pelas empresas como a melhor forma de formação dos futuros quadros.

Oliveira apontou que 64% dos estagiários acabam efetivados: "O número só não é maior porque temos muitos estágios em órgãos públicos, que necessitam de concurso".

Ele aconselha os estudantes a buscarem estágio logo que ingressarem na faculdade: "Sempre temos vagas". Na opinião dele, quanto mais estágios o estudante fizer, melhores serão suas chances de colocação no mercado de trabalho. Como habilidades indispensáveis, Oliveira apontou os conhecimentos em informática e inglês.

A capacidade de trabalhar em equipe e a desenvoltura para se comunicar foram qualidades ressaltadas por ele como requisitos desejáveis.

O presidente do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), Carlos Henrique Mencaci, diz que a expectativa é que a oferta de vagas cresça 20% na entidade em 2010. "Este aumento está baseado em dois fatores: o primeiro é o crescimento econômico previsto na economia do País, com a onda de investimentos já anunciados, e, o segundo, devido à ampliação da nossa carteira de empresas-clientes", justifica o executivo.

Carência

Para ele, uma das maiores carências no mercado é por estagiários na área de Engenharia. Este fenômeno acontece devido à fuga de estudantes da área de exatas. "Boa parte dos alunos que cursa o ensino fundamental se forma sem saber matemática e passa a ter aversão a matéria. Quando chegam na hora de optar por um curso universitário, eles deixam de escolher a profissão que está ligada a área de cálculos. Isso acontece em todo mundo, porém, no Brasil isso é muito acentuado", explicou Mencaci.

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