A nova Lei do Estágio, de número 11.788, está completando um ano e, de acordo com levantamento feito pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), o número de vagas oferecidas para estudantes diminuiu 40% nos seis primeiros meses de aplicação. Apesar de garantir direitos aos estagiários, as novas exigências, juntamente com a crise econômica, fizeram com que as empresas pensassem duas vezes antes de efetuar contratações.
Um dos principais motivos da diminuição de oportunidades foi a redução da carga horária. "A redução nas contratações se deve ao fato de os empresários não terem se adaptado ao estágio de seis horas", falou o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci. Antes da nova lei, que garante benefícios como recesso remunerado, auxílio-transporte e bolsa-auxílio, existiam 1,1 milhão de estagiários em todo Brasil, agora, com os novos benefícios, o número é de 900 mil.
Em setembro, 650 mil vagas estão sendo preenchidas por alunos de nível superior (75,5%), e 250 mil de nível médio (15,3%) e técnico (9,2%).Antes da lei, o número era, respectivamente, 65%, 34% e 1%. A previsão é que, no próximo ano, seja mantido o mesmo número de 900 mil. As empresas também terminaram sendo beneficiadas, a partir de incentivos sociais e fiscais do governo, como não precisar recolher INSS, FGTS, verbas rescisórias e 13º salário.