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O Folhateen esclarece questões sobre seu futuro profissional com a série "Por Onde eu Começo?" , que estreia hoje e segue por mais cinco semanas

Pode não ser o seu caso ainda, mas vestibular, faculdade, estágio e emprego são questões que vão passar pela sua cabeça. E que cenário você deve encontrar quando chegar a sua vez? Provavelmente, um difícil.
Segundo relatório divulgado no início do mês pela Organização Internacional do Trabalho, metade dos desempregados -as pessoas que procuram empregos e não encontram- do país tem entre 15 e 24 anos.
O Folhateen inicia hoje a série "Por Onde Eu Começo?", com seis reportagens voltadas aos jovens que já estão preocupados com seu futuro profissional, mostrando as diversas portas de entrada para o mercado de trabalho (veja na próxima pág. a lista dos capítulos).

Teoria e prática
Uma das alternativas mais comuns encontradas por estudantes para unir teoria e prática é procurar os programas de estágio e de "trainee", que possibilitam ao aluno experimentar a rotina de uma carreira.
Foi a saída que a estudante de design gráfico Tábata Janes, 20, escolheu. Hoje, ela estagia na Seven Idiomas. No caso dela, pesou também na opção o fator dinheiro -com a bolsa-auxílio que recebe, paga sua faculdade.
Além de Tábata, outros 900 mil estudantes fazem estágio. Dependendo do curso e da faculdade, inclusive, estagiar pode ser uma etapa obrigatória para a graduação.
As estimativas são do Núcleo Brasileiro de Estágios, que levantou também que a remuneração média dos estagiários de cursos universitários está na faixa de R$ 805,84.
No caso de Natally Teixeira, 22, sobra pouco da quantia que recebe do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). "Depois de pagar a faculdade, fico com cerca de R$ 100 por mês, e procuro me divertir um pouco."
Natally é estudante de psicologia. Trabalha, no entanto, com agendamento de eventos. "Não tem nada a ver com meu curso, mas não posso ficar desempregada", explica.
Já Caroline Alves, 21, que também cursa psicologia, já estagia na área. Trabalha para o Hospital do Coração.
"Aqui tenho aprendido mais do que na faculdade", diz. "É um pouco puxado, por causa das aulas, mas é melhor do que meu estágio anterior, em que eu era cobrada como se fosse uma funcionária efetiva."
É comum que, como no passado de Caroline, estagiários sejam usados como mão-de-obra barata e trabalhem mais do que as seis horas diárias permitidas por lei.

Caminho veloz
As faculdades, em geral, organizam um mural com avisos de vagas -daí basta enviar o currículo e torcer para ser chamado para o processo seletivo. Outra opção é procurar os agentes de integração (veja mais na página ao lado).
Mais difícil é ser "trainee" de uma empresa de grande porte. Na Danone, por exemplo, foram 13 mil inscritos para o programa de 2009. E 17 vagas. O salário é mais recheado também: nesse caso, R$ 4.000.
Os "trainees" são um grupo seleto de jovens funcionários treinados para ocupar cargos de gerência na firma.
"A palavra que diferencia "trainee" de estágio é "velocidade'", diz Cassiano Mecchi, 25, ex-"trainee" da Danone e atual responsável pelos programas de treinamento da empresa.
"Foi a possibilidade de desenvolvimento rápido que me chamou a atenção", Bruno Macedo, 24, atual "trainee" da firma de laticínios, faz coro.
Por conta do grande número de inscritos, a seleção é bastante exigente. "Mas me encaixei no perfil que eles procuravam", comemora o administrador Gilson Rodrigues, 23, que participa do "trainee" da empresa de auditoria Ernst & Young.

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