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De acordo com dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), quatro meses depois da sanção da nova lei do estágio, o país acumula perda de 200 mil vagas. Para quantificar, a entidade vai além e dá números: em setembro de 2008, havia 1,1 milhão de estudantes estagiando. Esse número caiu para 1 milhão em dezembro e chegou a 900 mil em janeiro de 2009. Segundo a Abres, houve uma paralisação inicial por causa da lei e das dúvidas que ela gerou. Depois, na hora de retomar as contratações, veio a crise financeira mundial.

Para Seme Arone Júnior, presidente da Abres, a razão para a queda nas vagas é a falta de um tempo de adaptação para as empresas e para as instituições de ensino. De acordo com ele, neste primeiro mês de novas regras, as empresas e escolas deixaram de assinar contratos para se adequar às novas regras que incluem o limite de carga horária, bolsa-auxílio obrigatória e o vale-transporte, além de limitar o período de estágio para no máximo dois anos.

Os alunos do Ensino Médio foram os mais prejudicados pela redução de vagas. Segundo a Abres, foram 40 mil estagiários desse segmento demitidos no último mês, em todo o país. No Ensino Superior, as demissões atingiram 20 mil alunos.

Para outra entidade do ramo, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), antes da sanção da nova lei, em 25 de setembro, o número de vagas oferecidas para estagiários era de 2.700 por semana. Após a nova regra, o número caiu para 1.500 vagas por semana.

De acordo com o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, o mês de outubro já deve apresentar aumento no número de contratações, mas apenas em fevereiro e março de 2009 a contratação deve ser normalizada.

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