Volta e meia, estagiários que conseguem uma vaga de emprego se deparam com um dilema: devo fazer carreira nesta empresa ou conhecer quantas áreas de atuação puder, para escolher de forma mais consciente o que irei fazer pelo resto da minha vida?
Para alguns, a pergunta pode parecer dramática demais, para outros, apenas uma questão corriqueira. Mas ela é séria! Isso porque, desde os tempos da faculdade, os profissionais direcionam suas carreiras, de forma consciente ou não.
Ao abrir vagas para recém-formados, as empresas costumam impor diversas condições: desejam experiência naquele ramo específico, de forma que muitos candidatos são cortados logo na triagem de currículos. Em outras palavras, a experiência obtida em estágios pode ser determinante.
A resposta para o dilema
A coordenadora de Recrutamento e Seleção do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), Evelyn Lemos, afirma que não há uma resposta certa para o dilema. "Não tem o melhor a fazer e o pior. As pessoas têm objetivos diferentes". Ela cita o exemplo de estudantes que já entram na faculdade sabendo muito bem o que querem.
"Por exemplo, um aluno de engenharia de produção pode seguir tanto a área financeira quanto a industrial. Supondo que alguém da família já trabalhe na área industrial, de forma que ele a conhece bem, fica mais fácil escolher o que fazer e dar um foco à carreira".
Mas como nem sempre os jovens sabem o que querem, vale a dica: se tiver a oportunidade de passar por diversos departamentos da empresa, aproveite. "O estágio é uma forma de o estudante lapidar o talento dentro dele. Cada empresa que ele passar deve agregar conhecimento. Desta maneira, é válido descartar as empresas que não dão muita chance de aprendizado, não oferecem novos desafios com freqüência e não dão a chance de inserção em projetos diferentes".