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RIO - Engenharia, administração, secretariado-executivo, ciências econômicas e física são as cinco carreiras de nível superior que melhor remuneram seus estagiários. Os dados correspondem a uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), agência de integração empresa-escola, que está vinculada à Associação Brasileira de Estágios (Abres). Os resultados mostram que a média da bolsa-auxílio é de R$ 429,94 para os estagiários de nível médio, R$ 498,37 para médio-técnico e de R$ 760,78 para o ensino superior.

Veja a relação das carreiras que oferecem as melhores e menores bolsas-auxílio

De acordo com o presidente da Nube, Seme Arone Junior, a média das bolsas aumentou em relação ao ano passado, uma vez que existem mais empresas interessadas em remunerar bem seus estagiários para não perder o profissional de qualidade. Ele destacou que as áreas técnicas - de nível superior ou médio - como automobilística, construção civil, computação, engenharia e eletrônica estão entre as que pagam melhor atualmente, em função do aquecimento da economia nacional.

- Nunca se vendeu tantos imóveis como agora. Muitas empresas já estão encontrando dificuldade de achar mão-de-obra. No entanto, esses períodos de pico são cíclicos. Outras carreiras podem estar "em alta" no futuro - explica Seme - Outras profissões como ciências contábeis, estatística, economia e, curiosamente, biblioteconomia, também estão pagando bem - completa

Seme acrescentou que o estágio remunerado é uma forma de viabilizar a volta para a escola de muitos jovens das classes C e D, que usam o dinheiro para financiar o curso. No entanto, o índice de jovens estagiando ainda é muito baixo no Brasil. De acordo com as estatísticas do Ministério da Educação (MEC), referentes ao Censo 2006, existem cerca de 4,6 milhões de estudantes no ensino superior. Desses, apenas 715 mil (15,5%) possuem vínculo de estágio com alguma empresa. No nível médio-técnico, a situação é ainda pior. Apenas 385 mil, o equivalente a 4,2%, dos cerca de 8,9 milhões de brasileiros que cursam o ensino médio, estão estagiando.

País está carente de engenheiros

Segundo o presidente da Abres, Carlos Henrique Mencaci, o fato da engenharia ocupar o topo da lista das carreiras que oferecem os melhores benefícios aos estudantes traduz a carência de profissionais da área - lei da oferta e da procura.

- Engenharia saiu de moda, no entanto o país está muito carente de engenheiros, principalmente nas áreas civil, mecânica, mecatrônica e petróleo. Isso pode acabar comprometendo o crescimento do país - diz.

Pela pesquisa, entre as carreiras com menores bolsas-auxílio, estão fisioterapia, gestão de micro e pequenas empresas, fonoaudiologia, design com ênfase em marketing, e música, com remunerações que variam de R$ 296 a R$ 360. Uma das carreiras mais tradicionais do país, o direito, aparece apenas em 16º na lista - média de R$ 802 na bolsa-auxílio - o que, segundo Mencaci, se deve à proliferação das faculdades. Existem aproximadamente 589 mil estudantes de direito no Brasil, o que corresponde a 12,6% dos alunos no ensino superior.

- Não tem como as empresas absorverem todos, o que acaba empurrando os salários para baixo - esclarece Mencaci.

A Lei do Estágio foi criada em 1977 com o objetivo de aproximar os jovens do mercado de trabalho. Ela prevê a remuneração dos estagiários através da bolsa-auxílio, no entanto o benefício é opcional. Em algumas empresas, os valores recebidos muitas vezes são acrescidos de vale transporte, vale refeição, seguro de vida e, até mesmo, cesta básica. A carga horária varia de acordo com a legislação local. No Rio, o máximo permitido são 30 horas semanais. Tradicionalmente, os estágios na área da saúde - enfermagem, fisioterapia, nutrição, entre outros - não são remunerados. Eles são conhecidos como estágios-curriculares, em que os alunos exercitam a parte prática do curso, fundamental para que se formem.

A pesquisa do Nube ouviu mais de 15 mil estagiários de diferentes níveis em todo o país, entre os dias 15 de março e 15 de abril. Dos consultados, 54% são mulheres e 46% homens. O Nube possui mais de 3.600 empresas associadas e já empregou cerca de 100 mil estagiários, desde a sua fundação, em 98.

 

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