Segundo dados da Abres - Associação Brasileira de Estágios, o Brasil tem atualmente 1,1 milhão de jovens estagiando. Desses, 715 mil estão no ensino superior e 385 mil no ensino médio/técnico.
A fim de conhecer o planejamento financeiro desses futuros profissionais, que têm gastos com mensalidades escolaridades, vale-transporte e alimentação, entre outros, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios divulga uma pesquisa que revela os valores médios de bolsa-auxílio oferecidos por pequenas, médias e grandes empresas brasileiras a seus estagiários.
Foram avaliados cerca de 15 mil estagiários de diferentes níveis em todo o país. Os resultados mostram que a bolsa-auxílio média para alunos do ensino médio é de R$ 429,94; no nível técnico é de R$ 498,37; e para universitários paga-se em torno de R$ 760,78.
O estágio é o primeiro passo para uma carreira de sucesso. É fundamental retribuir esses jovens pelas atividades desenvolvidas, pois isso irá estimulá-los a conquistar um reconhecimento maior dentro da empresa, afirma Seme Arone Junior, presidente do Nube.
Confira, na relação a seguir, os cursos que oferecem os maiores valores (média do mercado) de bolsa-auxílio a estagiários:
Nível médio/técnico:
1. Mecânica de Precisão: R$ 869;
2. Construção Civil : R$ 808;
3. Edificações: R$ 661;
4. Técnico em Segurança do Trabalho: 593;
5. Design de Interiores: R$ 565;
6. Eletrotécnica: R$ 516;
7. Química: R$ 516;
8. Processamento de Dados: R$ 514;
9. Telecomunicações: R$ 514;
10. Mecatrônica: R$ 488.
Nível superior:
1. Engenharia: R$ 1.469;
2. Administração Pública: R$ 1.114;
3. Secretariado-Executivo Trilíngüe: R$ 1.051;
4. Ciências Econômicas: R$ 1.005;
5. Física: R$ 922;
6. Tecnologia em Processamento de Dados: R$ 922;
7. Comunicação Social - Publicidade e Propaganda: R$ 909;
8. Arquitetura e Urbanismo: R$ 908;
9. Química Industrial: R$ 860;
10. Matemática: R$ 855.
Esses valores oferecidos muitas vezes são complementados com outros benefícios, entre eles vale-transporte, vale-refeição, seguro de vida e cesta básica.
Anualmente, ingressam cerca de 1,4 milhão de alunos no ensino superior, mas somente 736 mil se formam. A maioria desiste por falta de condições financeiras de pagar uma faculdade. O estágio contribui para que essa realidade mude, afirma Carlos Henrique Mencaci, presidente da Abres.
Para conquistar espaço no mercado e, conseqüentemente, os melhores rendimentos, os estudantes precisam enfrentar a competitividade e destacar-se entre os muitos concorrentes.
Além dos aspectos técnicos, cada profissional tem algumas competências comportamentais de destaque. A saída é valorizar os pontos positivos e aperfeiçoar o que ainda precisa de alguns ajustes, analisa Carmen Alonso, coordenadora de Treinamentos Corporativos do Cedep - Centro de Desenvolvimento Profissional, parceiro do Nube.