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A DIFERENÇA

Para Seme Arone Jr, coordenador do Núcleo Brasileiro de Estágios (NUBE), a qualificação faz a diferença. O aprendizado tanto de novos idiomas quanto da informática são essenciais, sobretudo com a globalização e competitividade do mercado atual. Tais conhecimentos funcionam como uma espécie de triagem natural. Dificilmente uma empresa vai contratar um jovem que nunca viu um computador, por exemplo. Por isso, dos 10 mil estudantes que procuram um estágio, apenas 10% conseguem uma vaga, simplesmente por não darem atenção a essa realidade. Outros fatores decisivos para a contratação são a constante leitura e atualização permanente. O domínio da Língua Portuguesa também é fundamental. "Após o cadastro no site do NUBE, o estudante precisa fazer um teste on-line de ortografia para avaliarmos a situação dele como candidato e seu nível cultural para escrever. Atualmente, toda a comunicação tem sido feita através do e-mail. Imagina receber uma mensagem eletrônica com erros ortográficos! Isso pega muito mal", diz. O estágio, segundo Arone, funciona como uma espécie de degrau para o primeiro emprego. Ele propicia ao estudante uma vivência prática do conteúdo teórico visto durante seu percurso acadêmico. Durante o estágio, o estudante também tem a oportunidade de aprender como se relacionar com os outros colaboradores, além de conhecer como funciona a organização, seus critérios e regras, além de lidar com situações que envolvem hierarquia, liderança, trabalho em equipe, motivação, competição. "O estágio é como o aprendizado de uma nova língua, ou seja, quanto mais cedo melhor", lembra o coordenador. De acordo com pesquisa do NUBE, o curso que mais oferece vagas é o de Administração e, do total de oportunidades disponibilizadas por empresas de pequeno, médio e grande porte, a proporção é de I69% (ensino superior) para 31 % (médio e técnico). Geralmente, diz Arone, as empresas buscam estudantes com boa comunicação e apresentação pessoal, pró-atividade, conhecimentos gerais, capacidade de trabalhar em equipe e flexibilidade para se adaptarem às mudanças. O domínio de todas essas habilidades reflete, diretamente, no momento de uma seleção. "Quem investe em cursos extracurriculares, busca o aprendizado constante e não tem medo de enfrentar desafios, certamente, pode escolher onde deseja trabalhar." Para a empresa, fica o beneficio de investir em um profissional mais preparado e antenado com sua cultura interna. "Essa realidade permite que as efetivações ocorram com cada vez mais freqüência", encerra. "

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