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Evelyn Lemos Frente a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, quando se fala em processo seletivo, a primeira palavra lembrada por um candidato é a tal da "dinâmica de grupo".
Mas de onde surgiu? O conceito de dinâmica de grupo surgiu no período paleolítico com as mais inocentes brincadeiras de crianças, quando muitas vezes, eram simuladas situações de guerras vividas pelos pais. Entretanto, o grande impulsionador da dinâmica grupal foi Kurt Lewin na década de quarenta. Com sua teoria do campo psicológico, desenvolveu um esquema para explicar as interações humanas a partir da observação do funcionamento de um grupo. Todos os participantes, quando reunidos, conseguem expor seus objetivos, discutem suas idéias e inclusive vivem momentos de conflitos dependendo do tipo de ambiente onde estão inseridos, pois o comportamento humano pode variar de acordo com as regras impostas. A dinâmica grupal é considerada uma ciência interdisciplinar com múltiplas aplicações técnicas e campo de desenvolvimento, dentre eles o setor de Recursos Humanos. Nas grandes corporações, a dinâmica de grupo é aplicada como sendo um requisito eficiente durante o processo de recrutamento e seleção, além do treinamento e desenvolvimento. Instrumento muito enriquecedor, hoje a dinâmica de grupo é uma das poucas ferramentas que abrange a avaliação de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes), relacionamentos e posturas de um candidato frente a um perfil já traçado pela empresa contratante. Por isso, sua eficácia será plena se o facilitador conseguir manter o foco no objetivo das atividades propostas, pois uma vez perdido, os resultados não são garantidos e o risco de se fazer uma avaliação inadequada do potencial dos candidatos torna-se grande. O ambiente pode influenciar, mas não determinar a personalidade. Para se compreender o comportamento humano, deve-se levar em consideração os fatores externos e internos à pessoa.
Nesse caso, vale a dica para o facilitador utilizar a dinâmica como um dos instrumentos que, somado aos demais, auxiliarão na pré-seleção do candidato mais adequado ao perfil da vaga. É comum no dia da dinâmica o participante ter passado por algum tipo de problema e não conseguir se desenvolver como gostaria.
Deste modo, a espontaneidade do candidato tende a ser promovida por meio de provas situacionais, estudos de casos (cases), diagnósticos organizacionais, além de jogos lúdicos e/ou empresariais, inerentes ao crescimento e desenvolvimento humano. Para os participantes, a dinâmica também pode auxiliar no seu autoconhecimento, pois se torna evidente quando as pessoas se relacionam entre si, seja em situações prazerosas ou de conflitos.
Em situação de pressão, liderança ou até mesmo durante os relacionamentos interpessoais, os candidatos conseguem mostrar as suas principais facilidades e dificuldades.
Cada grupo tem um objetivo diferente, tudo depende da vaga e do que a empresa espera do candidato. Por isso, para o participante alcançar um bom resultado o segredo é se comportar da maneira mais natural possível. Enfim, a dinâmica de grupo quando aplicada por um facilitador bem preparado pode ser benéfica tanto para o avaliador, quanto para o participante, pois acaba sendo um grande aprendizado. Evelyn Franco Lemos é Psicóloga formada pela Universidade São Marcos e profissional da área de Recursos Humanos. Atualmente é Coordenadora de Seleção do Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios (www.nube.com.br).

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