Em 2024, o Programa Jovem Aprendiz atingiu um recorde de participação, com cerca de 614 mil jovens, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Regulamentado pela Lei 10.097/00, a iniciativa representa uma excelente oportunidade de ingresso no mercado de trabalho, combinando aprendizagem prática e teórica, além de garantir tempo garantido para os estudos. Sendo assim, como potencializar o talento dos aprendizes nas empresas?
Toda empresa precisa de um jovem aprendiz
Além de ser uma determinação legal, na qual toda corporação precisa contratar aprendizes, em um percentual de 5% a 15% do total de funcionários com formação, eles são fonte de inovação criativa e muita motivação para o negócio. Afinal, a partir dos 14 anos já podem concorrer a vagas desse tipo e vários deles chegam sem vícios de outros trabalhos, garantindo o desenvolvimento completo de acordo com a cultura da empresa.
Até os 24 anos, como prevê o programa do governo, esses jovens podem agregar novas soluções e conhecimentos para o negócio. Agora, com a chegada da Geração Alfa, aqueles nascidos a partir de 2010, é certo como são naturalmente tecnológicos e entendem como administrar as novas plataformas, como as redes sociais e, em especial, o TikTok.
Além das organizações, a iniciativa é capaz de transformar a vida de milhares de estudantes. Para Sávio Sales, jovem aprendiz do Instituto Saber Aprendizes, o programa foi um grande diferencial para sua carreira. “Por meio desta oportunidade, é perceptível uma evolução pessoal e profissional em mim”, comenta.
Em especial e como parceiro do Nube, o Saber auxilia indivíduos desde 2013 a conquistarem seu lugar no ambiente laboral. “O seu método de ensino auxilia de forma eficiente nossos jovens a serem introduzidos no mercado de trabalho”, afirma Sales, conforme sua experiência na instituição. Com os jovens preparados em um ensino de qualidade, eles chegam qualificados para crescer nas corporações.
Dicas para aproveitar completamente o talento dos aprendizes
Mesmo com tantas vantagens, muitas organizações possuem dificuldades para integrar efetivamente os aprendizes em suas operações. “Muitas organizações ainda encaram a contratação de aprendizes como uma obrigatoriedade legal, sem enxergar seu real potencial,” afirma Carlos H. Mencaci, presidente do Nube - Estagiários e Aprendizes. “Quando bem aproveitados, esses jovens podem se tornar profissionais qualificados, tornando-se parte do quadro fixo de colaboradores e fortalecendo a cultura da empresa”.
Nesse cenário, o presidente do Nube separou algumas dicas voltadas para os gestores potencializarem os talentos desses jovens. Veja:
1) Engajamento desde o primeiro momento
O processo de integração (onboarding) é essencial, especialmente para quem chega no mercado de trabalho pela primeira vez. Uma boa introdução ao ambiente corporativo deve ir além das regras e normas internas, oferecendo uma compreensão dinâmica da missão da empresa e do papel do aprendiz dentro da organização.
Os gestores são cruciais nessa fase, garantindo a boa orientação, acompanhamento e oferecendo feedbacks construtivos. “É necessário treiná-los previamente, alinhando expectativas e compreendendo as competências já possuídas e aquelas a serem desenvolvidas”, acrescenta Mencaci.
2) Designação de tarefas produtivas
Aprendizes devem ser vistos como talentos em desenvolvimento e podem contribuir significativamente para desafogar equipes e otimizar processos. No entanto, é fundamental focar em atividades com impacto real, evitando as restrições a funções meramente burocráticas e superficiais.
Primeiramente, a atribuição de tarefas deve ser compatível com o nível de maturidade. Cargos ligados a dados sigilosos, como as áreas financeira e de recursos humanos, são mais adequados para aprendizes com 18 anos ou mais. Por outro lado, atividades em análise de processos, logística e organização operacional podem ser desempenhadas por adolescentes a partir dos 14 anos. “Uma boa dica para entender o potencial desse membro é usar a estratégia de rotação entre setores, capaz de ampliar a compreensão dos aprendizes sobre o funcionamento da empresa”, aconselha o presidente do Nube.
3) Incentivo à progressão na empresa
Para fortalecer o engajamento, as lideranças podem incluir os aprendizes em processos seletivos internos para vagas permanentes. Dessa forma, eles enxergam reais possibilidades de crescimento dentro da organização, aumentando seu compromisso com as metas da companhia.
Quando os aprendizes percebem como seu esforço pode resultar em uma efetivação, a dedicação às tarefas e ao aprimoramento profissional cresce. Manter transparência sobre as oportunidades de carreira é uma estratégia eficiente para reter talentos.
Por fim, focar em desenvolver o profissional, tanto em habilidades técnicas (hard skills) quanto comportamentais (soft skills), é uma tática de sucesso. Afinal, isso é um ganho para o jovem, evoluindo suas competências, comunicação e trabalho em equipe, como para a instituição por crescer ao seu lado. Em suma, os aprendizes são indispensáveis para as empresas!
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