A busca por uma oportunidade de trabalho para os jovens sem experiência é, de fato, um desafio. Contudo, apesar do mercado corporativo apresentar-se como um ambiente competitivo, nele existem programas fundamentais para quem deseja uma chance de iniciar a carreira, como o Jovem Aprendiz. Então, veja nesta matéria o impacto desse cargo na empregabilidade.
O cenário da empregabilidade entre os jovens brasileiros
A taxa de desemprego entre a faixa-etária de 14 aos 17 anos fechou, no primeiro trimestre de 2024, em 30,2%. Já dos 18 aos 24 anos, o número ficou em 16,8%, de acordo com os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Dessa forma, os números da Geração Nem Nem, caracterizada por indivíduos dos 14 aos 24 anos sem trabalhar e longe dos estudos, aumentou neste ano. Conforme mostra o Ministério do Trabalho, o país tinha 4 milhões de pessoas nessas condições no primeiro trimestre de 2023. Porém, no mesmo período de 2024 atingiu 5,4 milhões. Desse grupo, quase 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos; e 68% são negros.
Ainda segundo o mesmo órgão, dos 34 milhões de brasileiros na idade dos 14 a 24, 50,5% estavam ocupados ou desocupados, mas à procura de emprego, no primeiro trimestre de 2024.
O programa de aprendizagem é o processo ideal para superar o desemprego entre os jovens!
Nessa época da vida, a experiência profissional é algo ausente em muitos currículos. Essa condição, principalmente aos iniciantes do campo corporativo, parece uma barreira. Contudo, existem vagas no mercado fundamentais para acrescentar as competências técnicas na carreira, como o programa de jovem aprendiz.
A oportunidade é voltada exclusivamente aos candidatos dos 14 aos 24 anos incompletos. O intuito é oferecer uma educação profissionalizante, enquanto o interessado também se desenvolve em uma organização. Roberta Teixeira, analista educacional do Saber - Instituto Brasileiro de Aprendizagem, explica o impacto dessa oportunidade em uma carreira. “Ele visa a inclusão ao proporcionar uma qualificação por meio de atividades teóricas e práticas. Assim, quando ativos no programa, os colaboradores descobrem suas potencialidades. Assim, se tornando profissionais habilidosos com vivências significativas para evolução”, diz.
Qual o impacto do programa de aprendizagem na sociedade?
Segundo a OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, apenas 11% dos alunos brasileiros do ensino médio, com idades entre 15 e 19 anos, estão matriculados em programas voltados à educação ocupacional. A média dos países-membros é de 37%. Entre os jovens brasileiros de 20 a 24 anos de idade, o índice de adesão ao ensino profissionalizante também é de 11%. Nos participantes da OCDE, ele sobe para 65%.
Conforme expõe Roberta, a existência desses projetos são indispensáveis para garantir o futuro da sociedade. Quando um talento está ativo no ambiente laboral, automáticamente a ação contribui para:
- Diminuição dos índices de evasão escolar;
- Combate da violência;
- Reduz a taxa de desemprego;
- Estimula a economia por estar ativo financeiramente;
- Abaixa os índices de pessoas em vulnerabilidade social;
- Constrói uma sociedade mais igualitária e justa;
- Transforma vidas e atua como agente de mudança para as pessoas ao redor.
Portanto, para o contratante, não é apenas mais uma admissão, mas a chance de construir o futuro. “ Os interessados trazem consigo vontade de aprender, são ágeis, curiosos, conectados com novas tecnologias e dispostos a encarar desafios. A presença dessa energia nas empresas favorece as trocas entre os colaboradores mais antigos e os que acabam de ingressar. Sendo possível diferentes construções e crescimento para o coletivo”, finaliza a analista educacional.
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