Para manter o universo laboral aquecido não basta apenas haver trabalhadores dispostos a botar a mão na massa, é indispensável às organizações abrirem suas portas para novos talentos. Isso se dá tanto para estagiários e aprendizes quanto a funcionários do quadro fixo CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Contudo, tais circunstâncias de aceitação englobam muitos aspectos, como uma boa avaliação detalhada de cada perfil profissional de acordo com a vaga, ocupação e cultura local. Entenda mais agora!
Um panorama das contratações
As expectativas de crescimento do mercado de trabalho para 2024 são positivas, porém em um ritmo moderado ante 2023, refletindo em uma taxa de desocupação estável ou em ligeira queda. Dentre os setores em alta, a saúde, o agronegócio e a tecnologia da informação permanecem como tendência. “Há algumas décadas, o profissional de TI era, muitas vezes, visto como solitário e distante do negócio. Hoje, com as metodologias ágeis impulsionando a colaboração, reconhecemos a importância de adaptar a cultura de trabalho e valorizar a diversidade de habilidades as quais contribuem para o crescimento”, analisa Mariana Riccordi, head de Pessoas & Cultura da Zallpy.
Segundo pesquisa da Robert Half, 66% dos recrutadores consideram as bad skills práticas relevantes na análise de um perfil e ressaltam o valor agregado, indo além das habilidades técnicas. Logo, contrárias às soft skills, de maestrías comportamentais e socioemocionais, essas envolvem questões relacionadas a hobbies e atividades extraprofissionais.
Em um contexto de mercado de trabalho, é interessante citar noções de Andragogia, onde 70% do aprendizado ocorre por meio de experiências próprias, 20% por interações com outras pessoas e 10% vem de capacitações formais. Logo, mostra-se significativo reter informações a respeito de noções externas ao âmbito laboral, do ponto de vista das corporações. “A criatividade é um combustível essencial e ampliar áreas de conhecimento, se expondo a situações e relacionamentos distintos, é fundamental para potencializar a inovação", aponta a especialista.
Currículos falsos dificultam a seleção
Como um todo, os números mostram certa dificuldade para admitir novos empregados ou empresas para a prestação de serviços. Ademais, garantir uma veracidade vinda das informações passadas por eles segue como um desafio, tendo em vista a normalidade na entrega de currículos fakes. De acordo com estudo da Heach Recursos Humanos, essa adulteração aumentou com a pandemia e, em 2020, último dado disponível, 61% dos CV’s analisados apresentavam algum tipo de adulteração. Em 2019, o índice era de 42%.
O cenário de insegurança por parte do setor de recrutamento e seleção levou a uma elevação no uso de soluções de background check, permitindo verificar a identificação de um indivíduo ou firma. Segundo outro relatório, da SaaS de compliance Kronoos, o volume de pedidos de dossiês voltados a investigar aspectos relacionados à conformidade das declarações inseridas cresceu 150% em 12 meses.
“Com a busca de informações em bancos de dados públicos ou privados, a parte interessada consegue confirmar a identidade e os antecedentes. Esse procedimento é importante para aumentar a segurança em novos relacionamentos, prevenir riscos reputacionais e evitar o envolvimento da empresa em atividades ilícitas”, indica Alexandre Pegoraro, CEO da Kronoos. Conforme ele, a verificação de antecedentes é um dos métodos mais recomendados quando se deseja confiabilidade de registros, evitar quebras de contrato e reduzir fraudes.
A segurança em primeiro lugar
Outro ponto de destaque é estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sem incorrer em qualquer risco. Para isso, é imprescindível obter a permissão adequada dos envolvidos e tratar as informações coletadas com confidencialidade e respeito à privacidade deles. “Essa é uma das regras previstas na norma. Por isso, é fundamental obter o consentimento dos pesquisados antes de realizar alguma verificação e garantir o uso das coletas apenas para fins legítimos e autorizados”, afirma Pegoraro.
Por fim, indo além da legislação, é importante se atentar às decisões da Justiça do Trabalho sobre a verificação de precedentes dos empregados, visando não extrapolar limites e ir contra os direitos sociais. Conforme o os Recursos Repetitivos do TST (Tribunal Superior do Trabalho), o background check só pode exigir o histórico criminal em funções onde o contratado lida com fatores exigindo alto grau de confiança, como dinheiro, privacidade, pessoas vulneráveis, dentre outros.
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