A sobrecarga de trabalho é um fenômeno cada vez mais comum em muitos ambientes profissionais, resultante da pressão para atender às demandas crescentes. Isso pode levar a uma série de consequências negativas, tanto para os indivíduos quanto para as organizações. Os colaboradores nessa situação frequentemente experimentam altos níveis de estresse, esgotamento e até mesmo problemas de saúde física e mental.
Além disso, a qualidade nas atividades pode ser comprometida, levando a erros, diminuição da produtividade e insatisfação do cliente. Para as empresas, resulta em alta rotatividade de funcionários, queda na moral da equipe e perda de competitividade no mercado. Assim, é crucial reconhecer e abordar proativamente esse problema, implementando estratégias eficazes de gestão.
Veja alguns sinais da sobrecarga
De acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas - FGV, 43% dos entrevistados enfrentam sobrecarga, enquanto 31% lidam com pressões por resultados e metas. “Isso ocorre quando há múltiplas tarefas a serem executadas simultaneamente ou quando há uma preocupação excessiva com uma demanda específica. Quando esses fatores se acumulam, o estresse e a depressão podem aumentar significativamente”, explica o psicólogo e professor, Luiz Mafle.
Nesse sentido, o especialista traz alguns sinais para identificar esse problema:
Sensibilidade exacerbada: "é comum observar uma maior suscetibilidade, manifestada por meio de reações agressivas ou sensibilidade extrema, levando a explosões emocionais ou lágrimas frequentes", alerta Mafle.
Distúrbios do sono: o acúmulo de tarefas e preocupações costuma desencadear insônia. "Com padrões de sono alterados, a fadiga se torna mais presente. Além disso, afeta a rotina e a saúde física".
Declínio na produtividade: "geralmente, quem está nessa condição se sente desmotivado e tem dificuldades de manter o foco", afirma o psicólogo.
Alterações na alimentação: "podemos observar quem negligencia a alimentação ou usa a comida como forma de lidar com emoções. É essencial investigar os motivos por trás desses desequilíbrios, pois podem indicar a necessidade de cuidado", esclarece.
Sentimento de inadequação: "ao tentar gerenciar múltiplas responsabilidades, a pessoa muitas vezes se sente incapaz de lidar com tudo e experimenta sentimentos de fracasso e desamparo. Ao abraçar o mundo, ela se sente sufocada e frustrada", relata.
Ansiedade: "o esgotamento mental pode levar a dores no peito, falta de motivação e ataques de ansiedade", revela o professor.
Depressão: "embora períodos desafiadores sejam normais, quando a sobrecarga se prolonga, o indivíduo começa a sentir-se estagnado. A vida perde a cor, não há espaço para crescimento e isso se torna uma rotina esmagadora. Ele se sente exausto, desvalorizado e incapaz de cuidar de si mesmo", esclarece o especialista.
Falta de organização pode ser um sinal de exaustão
Segundo levantamento da Pebmed, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros enfrentam o burnout. "Quando nos vemos diante de múltiplas tarefas e procrastinamos alguma, gera uma acumulação, resultando em problemas emocionais. O excesso deles problemas pode levar ao esgotamento mental", explica o vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento - ABTD, Alexandre Slivnik.
Ele atribui parte desse cenário à tecnologia e à enxurrada de informações. "O fenômeno Fomo (fear of missing out), onde as pessoas sentem a necessidade de estar sempre conectadas e imediatamente disponíveis, contribui significativamente", ressalta. Para Slivnik, o modelo de pagamento mensal adotado no Brasil pode afetar a eficiência dos cidadãos. "Nos Estados Unidos, em muitos empregos, a remuneração é por hora trabalhada, incentivando a dedicação durante o expediente", observa.
Para o vice-presidente da ABTD, muitos desenvolvem burnout devido ao excesso de tarefas, enquanto outros têm o problema por falta de habilidades de gerenciamento. "A solução envolve categorizar as atividades, diferenciando as prioridades. Isso ajuda a evitar acúmulos e reduz a sensação de exaustão", conclui.
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