A educação no Brasil apresentou diversas barreiras ao longo dos anos e, para analisar de forma efetiva a qualidade do processo, é necessário considerar a trajetória escolar dos estudantes e o acompanhamento da sua evolução por completo. Ao contemplar todas as etapas, há uma renovação nas maneiras de aprendizado, resultando em uma formação mais positiva. Aprenda mais sobre esse método e sua importância no cenário atual para o desenvolvimento de estagiários e aprendizes.
A realidade educacional do país
Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) Educação, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pela primeira vez em oito anos, o país não alcançou a meta de ter 95% dos estudantes de 6 a 14 anos, matriculadas no ensino fundamental. Em 2023, 94,6% da população dessa idade frequentou a escola nessas séries. "Precisamos começar a olhar a fase primária de maneira integrada, enxergando-a como efetivamente é: um sistema complexo, de múltiplos papéis, desafios e impactos entrelaçados", afirma David Saad, diretor-presidente do iN.
Ademais, somente 52% dos nascidos entre 2000 e 2005, atualmente entre 19 e 24 anos, conseguiram concluir o ensino fundamental no período correto e 41% deles finalizaram o ensino médio no tempo esperado. “Para além de desempenho e de acesso, estamos falando de permanência e regularidade na vida escolar, com dados possibilitando um entendimento detalhado sobre a situação. O problema começa antes do ensino médio e se agrava entre o 6º e o 9º anos, os chamados Anos Finais, uma etapa esquecida pelas políticas públicas”, afirma a superintendente do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes.
No geral, tal percurso se inicia nos primeiros passos da alfabetização e termina nos anos terminais da trajetória acadêmica. Logo, é um processo cumulativo de uma caminhada longa. "Toda bagagem educacional influencia os frutos de aprendizagem de uma geração. É importante olharmos para isso como reflexo de um todo", explica o professor Reynaldo Fernandes. Segundo análise feita pelo especialista, considerando o público de 17 anos em 2019, apenas 19% conseguiram concluir os passos antes do nível superior com no máximo um ano de atraso e 300 pontos para matemática e língua portuguesa.
A educação positiva em cena
Tendo em vista tais números e o contexto do país, uma mudança nos métodos de aprendizagem passa a ser considerada inteligente. “A Educação Positiva tem um viés de educar com gentileza, firmeza e respeito mútuo. Dessa forma, oportunizar ao indivíduo a condição de ter uma estruturação pessoal baseada nesses alicerces, o traz uma melhor maneira de lidar com as adversidades internas e externas, auxilia na auto estima e auto cuidado e cria maiores possibilidades de uma instrução socioemocional”, pontua a psicóloga educacional e coautora do livro "Educação Respeitosa", Cláudia Santana Veingertner.
A prática da metodologia traz melhor qualidade de vida, baseada no bem estar ideal dessa psicologia, entendendo como a saúde não é apenas a ausência de doença, mas a resiliência do sujeito em lidar com as condições cotidianas. Logo, atua juntamente com benefícios a todos os envolvidos relacionados, pois suas tratativas serão baseadas em uma comunicação não violenta e assertiva. “Também um estilo de vida, pois afeta em todas as vertentes e relacionamentos. Entender o fundamento do conceito ajuda a fazer melhores escolhas, dando um norte de sentido à existência humana”, esclarece a especialista.
A profissional está, atualmente, atuando no Saber Aprendizes. Assim, lida diretamente com pessoas na faixa etária de 14 a 24 anos e afirma como é um diferencial em todas as etapas do desenvolvimento, recomendando começar o quanto antes. “Na adolescência ele se destaca com ênfase em dar ouvido e voz àquele jovem. Trazer para ele a ideia de autonomia sincera, liberdade responsável, participação justa e colaborativa nas decisões do ambiente onde está inserido”, comenta.
De forma geral, atrelar essa ação a um contato assertivo, de entendimento, independência e conforto, ajuda a entender e expressar os sentimentos com clareza, levando a socializar com atenção a si e aos demais, além de serem mais resilientes. “Permite ao adolescente criar estratégias individuais e pessoais de satisfação, dando condições de se tornarem adultos equilibrados, organizados e comunicativos”, finaliza Cláudia.
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