A diversidade nas empresas é um tema crucial e atual, pois reflete a valorização da multiplicidade de perspectivas, habilidades, experiências e identidades dentro de um ambiente profissional. Trata-se de reconhecer e celebrar as diferenças entre os colaboradores, como gênero, etnia, orientação sexual, idade, habilidades físicas e mentais, entre outros aspectos. Ao promover essa cultura, cria-se um clima inclusivo, no qual todos os integrantes se sentem respeitados, valorizados e representados. Isso também tem reflexo nos resultados financeiros, na inovação, na criatividade e na reputação da marca.
Diversidade e inclusão nas empresas
Esse tema traz uma gama de vantagens. Em primeiro lugar, contribui para a representatividade. Assim, diferentes grupos têm voz e participam ativamente das decisões e estratégias da organização. Isso amplia a perspectiva e ajuda a evitar a monocultura de ideias. Além disso, impulsiona a interação entre pessoas com formações e experiências variadas, gerando um ar propício para o desenvolvimento de novas abordagens. A troca de conhecimentos e a aprendizagem constante entre os membros da equipe enriquecem a qualidade do trabalho.
Outro ponto importante é o impacto positivo na imagem. Companhias com essa preocupação são percebidas como mais justas e socialmente responsáveis. Esse fator atrai talentos e clientes com valores compatíveis. Para isso, as corporações devem adotar políticas e práticas nesse sentido desde o processo de recrutamento e seleção até o desenvolvimento dos funcionários. Isso envolve treinamento, programas de igualdade de oportunidades, a promoção de um local seguro e respeitoso, bem como medidas para eliminar preconceitos e discriminações.
Os principais erros em diversidade e inclusão nas empresas
Nos últimos tempos, a temática tem ganhado um destaque considerável, tornando-se um pilar crucial para quem almeja valorizar seu time e impulsionar resultados. Apesar dos avanços, muitos negócios ainda enfrentam desafios na efetiva implementação de estratégias voltadas para essa área. De acordo com um estudo realizado pela PwC, apenas 5% das instituições globais têm sucesso em suas ações.
Conforme a CEO e fundadora da Blend Edu, Thalita Gelenske, a baixa taxa de maturidade das instituições nesse contexto é atribuída à sua complexidade, em constante evolução. "Atualmente, não existe uma fórmula única para atingir o objetivo desejado. Deve-se sempre levar em consideração a indústria, a cultura organizacional e o panorama de momento", afirma.
Apesar da necessidade de ações personalizadas, é possível aprender com algumas falhas recorrentes cometidas pelos empreendimentos. Com isso em mente, a especialista detalha os equívocos mais comuns presentes no mercado e oferece ideias para resolver essas questões. Confira:
Terceirização da responsabilidade:
É frequente observar um ciclo de desresponsabilização, mesmo sendo de forma discreta. Quando os líderes identificam problemas com diversidade, passam o papel para outro setor, como o de Recursos Humanos. Existem vários caminhos para quebrar esse ciclo, mas o primeiro passo é reconhecer sua existência. “A melhor opção envolve trazer todas as partes envolvidas para a mesa, ouvindo suas preocupações, necessidades e demandas, sem sobrecarregá-las”.
Desconexão entre diversidade e inclusão e a estratégia empresarial:
É crucial pensar em como integrar a diversidade na agenda do negócio. Quanto mais cedo isso for feito, mais eficaz será o processo. Existem duas alternativas. A primeira trata o assunto como uma meta corporativa. A outra vincula a inclusão a outro ponto já existente e pode ter efeitos em menos tempo.
Abordagem superficial com ações pontuais:
Outro erro comum é tratar esse tópico como pontual. É preciso a criação de uma cultura a longo prazo, tornando a diversidade uma parte contínua e integrada do ambiente de trabalho. Para alcançar isso, é fundamental estabelecer uma consciência coletiva e senso de urgência. Não basta realizar eventos isolados ou discussões esporádicas.
Escassez de recursos:
Investir recursos, tanto financeiros quanto humanos, é um passo imprescindível, porém, muitas vezes negligenciado. Todos devem entender a importância do debate e estar comprometidos em consolidar uma estrutura interna para garantir a sustentabilidade das ações a longo prazo.
Falta de apoio da liderança:
Apesar de todos os indivíduos contribuírem, uma instituição é moldada pelas ações, decisões e posicionamentos da alta cúpula. Portanto, o apoio dos executivos e gestores é fundamental, não apenas como exemplo, mas também para transmitir as diretrizes a serem seguidas.
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