O mercado de trabalho está cada dia mais exigente e isso não é novidade. Por essa razão, espera-se qualificadores responsáveis por destacar os funcionários em potencial. Nessa caminhada rumo ao êxito, estar atento aos temas do momento, atualizações e novidades é crucial para se colocar à frente da concorrência, principalmente quando se está em busca da primeira oportunidade, seja se estágio ou aprendiz. Saiba agora como alcançar nesse sentido e prosperar a carreira!
As soft e hard skills em alta
Segundo pesquisas realizadas pela ESAMC, dentre as competências empresariais mais buscadas pelo RH estão: domínio técnico, raciocínio, ética, comprometimento, responsabilidade, equilíbrio emocional, flexibilidade, pensamento estratégico, trabalho em equipe, conhecimento interdisciplinar, cultura e valores. Essas maestrias dividem entre hard e soft skills as famosas habilidades técnicas e comportamentais, respectivamente. Nesse contexto, as primeiras podem ser validadas a partir de testes objetivos ou pela apresentação de um certificado de conclusão. Já no segundo caso, são qualidades relacionadas à maneira como um sujeito se comporta ou lida com diferentes situações. Logo, faz referência a “interpessoal”, ou seja, algo o qual vem de dentro, a forma de ser de alguém.
Consoante o Relatório do Fórum Econômico Mundial com os tópicos em alta para o local laboral até 2025, ficou claro o quão importante são esses pontos nos dias de hoje. Em uma análise da McKinsey, a proporção de companhias abordando pautas como empatia dobrou no primeiro período da pandemia. Entre 2019 e 2020, capacidades de liderança e gestão se tornaram prioridade para a maioria dos empreendimentos, saltando dez pontos percentuais a cada ano, de 40% a 50%.
No geral, 45% de todos os empregos anunciados no LinkedIn Premium entre junho e setembro de 2022 mencionaram a importância de se dar bem com a comunicação. Seguindo essa linha de raciocínio, mais de 61% dos trabalhadores afirmam ver as soft skills como tão relevantes quanto as hard skills.
A preparação deve ser constante para o sucesso!
Quando se trata de um estagiário, a insegurança da busca de iniciar no meio laboral pode comprometer o bom desempenho em processos seletivos, não permitindo demonstrar plenamente essas virtudes. Uma pesquisa realizada pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), perguntou a 37.304 respondentes se eles costumam ser confiantes na hora do PS. Como resposta, a maioria (45,05%), foi positiva: “sim! Isso me ajuda muito!”. Em seguida, 29,96% disseram ser um pouco, mas sempre ficam receosos. A terceira maior porcentagem (17,83%) respondeu sim, mas tentam não demonstrar para os outros. Por último, 5,94% dos entrevistados afirmam ter o nervosismo como um problema: “acaba me prejudicando”, e 1,22% são muito pessimistas.
Contudo, os resultados ruins tem solução e as instituições de ensino podem ser as grandes aliadas dessa jornada. A missão delas deve ser sempre ajudar o jovem a buscar destaque nesse meio. Em um cenário como esse, metodologias valorizando a interdisciplinaridade e disciplinas práticas desde os primeiros semestres são essenciais para os discentes se ambientarem ao esperado deles por parte da sociedade empreendedora. “O direcionamento é essencial para criar segurança nesse futuro profissional. As faculdades devem sim assumir o compromisso de auxiliar seus alunos a se prepararem para o momento de ingressar no mercado de trabalho, garantindo tanto melhores resultados nas entrevistas quanto, depois, comportamento corporativo dentro das empresas”, explica Amadeu Vinicius, diretor acadêmico da ESAMC Jundiaí.
Para manter o compromisso, é interessante realizar uma preparação com esse pessoal, tendo como base as tendências do momento, ofertando em sua grade um conteúdo voltado para isso, além da prática comum das matérias. Nesse sentido, o Nube também consegue ajudar, a partir da sua aba “Cursos Gratuitos”, no site. Lá, são disponibilizados seis treinamentos on-line, sem custos e com certificados de horas complementares. No total, 428.405 pessoas já realizaram esse EAD, sendo 86.836 no “Como Administrar seu Tempo”; 64.265, em “Tenha Sucesso em Processos Seletivos”; 70.251, em “Como Elaborar um Currículo”; 61.060, em “Gestão de Carreira”; 72.926, em “Marketing Pessoal: Sua Imagem é Você!”; e 73.067, em “Falar em Público: Encare Esse Desafio!”.
Uma defasagem na educação como um todo
Segundo um levantamento produzido pela KPMG no Brasil, com 200 executivos do setor de educação, 97% dos entrevistados enxergam os formandos de ensino superior sem conteúdo e conhecimentos adequados para ingressar no lugar institucional. Para 42%, as lições oferecidas pelas entidades educadoras estão defasadas frente às necessidades corporativas e 55% avaliam os materiais apresentados sendo apenas parcialmente aderentes a essas precisões. Não houve resposta com relação à total aderência e 3% informaram não fazer esse tipo de avaliação.
De acordo com o sócio da KPMG no Brasil e líder da área de educação, Marcos Boscolo, tais dados trazem constatações importantes sobre a capacidade desses locais de se adaptarem às rápidas e constantes mudanças. Dentre as modificações contínuas, novas tecnologias, profissões, bem como seu processo de interação com a sociedade empresarial, se destacam. Ou seja, ouvir das principais firmas recrutadoras o esperado por elas em termos de sabedoria dos ingressantes.
Conforme a pesquisa, um dos caminhos para melhorar a qualificação é aumentar a interação entre as universidades e escolas com a realidade das ocupações. Logo, a ideia seria ouvir dos principais estabelecimentos à procura de acadêmicos, quais as suas expectativas. “O desafio é enorme e tende a se elevar ainda mais, pois a velocidade das mudanças é cada vez maior e a capacidade de adaptação segue um ritmo muito lento, inclusive por razões regulatórias junto ao Ministério da Educação. Com isso, fatores críticos presentes e atuais no mundo corporativo não são debatidos nesses espaços e questões não prioritárias ou até mesmo as quais deixaram de ser críticas, ainda fazem parte do aprendizado. Os cursos de extensão e pós-graduação ajudam a encurtar essa distância, mas ainda não são soluções imediatas e abrangentes”, acrescentou o sócio.
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