Um bom ambiente de trabalho é fundamental para o sucesso de qualquer organização e o bem-estar de seus colaboradores. Ele não é apenas um espaço físico agradável, mas também um conjunto de condições, relações e valores em prol da produtividade, a satisfação e o desenvolvimento de funcionários, estagiários e aprendizes. Por isso, líderes com vontade de sucesso precisam estar ligados no assunto.
Primeiramente, um clima saudável contribui para a motivação do time. Quando as pessoas se sentem confortáveis, respeitadas e valorizadas, estão mais inclinadas a se empenharem e a se dedicarem às suas tarefas. Isso, por sua vez, impulsiona o sucesso e a competitividade da organização. Ademais, esse fator é imprescindível na retenção de talentos. Afinal, indivíduos satisfeitos são mais propensos a permanecer na empresa a longo prazo, reduzindo a taxa de rotatividade. Isso economiza recursos financeiros e de tempo gastos na contratação e treinamento de novos integrantes.
A comunicação e a colaboração também são beneficiadas em um local com esse perfil. Quando se sentem à vontade para compartilhar ideias, fazer perguntas e expressar suas opiniões, a criatividade e a inovação florescem. A troca de conhecimento e experiência entre os membros da equipe se torna mais eficaz, resultando em soluções melhores para os desafios organizacionais.
Como criar um ambiente positivo?
No cenário corporativo, muitas vezes afetado por problemas de diálogo, desencontros e desequilíbrios, é essencial buscar uma transformação de perspectiva. Uma abordagem eficaz e moderna é a chamada "Inovação Não Violenta". De acordo com a consultora e especialista em treinamento corporativo, Fernanda Dutra, o processo envolve várias etapas:
Desenvolvimento interior: antes de buscar inovação externa, é fundamental cultivar a parte interna, incentivando as pessoas a quebrarem padrões automáticos. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades interpessoais, o estabelecimento de metas orientadas para o futuro e a compreensão dos fatores emocionais.
Comunicação integrada: nessa fase, a ênfase se desloca do "eu" para o contexto das relações com os outros. O objetivo é aprimorar competências de escuta ativa, promover a vulnerabilidade e compreender as necessidades dos colegas.
Empatia coletiva: visa estabelecer uma cultura baseada na observação constante dos comportamentos coletivos. O foco é trabalhar como uma equipe unida, identificando desafios e desenvolvendo estratégias para enfrentá-los.
A combinação dessas perspectivas cria uma necessidade ética e operacional, representando uma evolução na maneira como concebemos os negócios e interagimos com o meio ambiente e as comunidades. Essa abordagem é uma poderosa alavanca para uma transformação significativa no mundo dos negócios.
É preciso ter cuidado com a saúde mental da equipe
Efetuar uma gestão de recursos humanos eficaz transcende as obrigações e os procedimentos burocráticos. Para estabelecer uma imagem atrativa como empregadora e se tornar um local almejado pelos candidatos, as instituições devem investir tempo e estratégia em aspectos antes desconsiderados. A saúde mental possui um impacto significativo no desempenho dos times, influenciando a maneira como pensam, sentem e agem. Inevitavelmente, afeta a performance, a qualidade das entregas, o processo decisório e até a abordagem das tarefas diárias. Quando a parte emocional está em equilíbrio, os indivíduos conseguem alcançar seu máximo potencial.
Além disso, esses cuidados podem prevenir problemas mais graves. A depressão e a ansiedade são consideradas grandes preocupações do século 21 e, conforme a Organização Mundial de Saúde - OMS, já causam prejuízos econômicos na ordem de um trilhão de dólares em todo o mundo. Nesse contexto, a diretora de recursos humanos da PinePR, Rosângela Maldonado, explica como gestores podem atuar nesse tema:
Promova a discussão aberta:
Esse assunto não deve ser subestimado, julgado como fraqueza ou associado à fragilidade. “Ele é uma preocupação fundamental em nossas vidas. O trabalho deve ser um espaço onde todos têm a oportunidade de serem a melhor versão de si mesmos. Isso não acontece quando há alto nível de estresse, falta de reconhecimento ou quando ignoramos os sinais apresentados por cada participante”.
Ofereça recursos e incentivo:
Não é suficiente apenas falar sobre saúde mental, é necessário agir. O RH deve disponibilizar recursos, como acesso a psicólogos. Outras medidas também devem se tornar rotineiras, como a flexibilidade de horários, a proteção do tempo de almoço das equipes, a monitorização periódica da carga de trabalho para evitar excessos e a criação de grupos presenciais ou virtuais para atividades terapêuticas.
Não veja o ser humano como uma máquina:
Uma visão menos mecanicista e mais empática é cada vez mais relevante. A pandemia deixou isso claro para muitos, demonstrando como o antigo modelo de atuação não faz mais sentido. As companhias devem proporcionar oportunidades para os integrantes equilibrarem todos os aspectos de sua vida: emprego, estudos, família, lazer, desenvolvimento pessoal e bem-estar.
Transforme a cultura empresarial:
Embora entidades com culturas organizacionais centradas em pressão e metas ainda existam, observa-se um aumento significativo no número de negócios construindo conexões baseadas em propósito e valores. Afinal, o descanso é necessário para reabastecer as energias. Colaboradores mais satisfeitos demonstram maior engajamento e desempenho. As pessoas desejam trabalhar em locais onde se sintam valorizadas pela sua personalidade e não apenas pelo volume de vendas ou pelas horas dedicadas ao escritório.
Investir na saúde mental dos staffs resulta em maior retenção de equipes e na redução das ausências. As equipes agem de forma mais coesa e satisfeita, buscando alcançar mais juntas, em vez de perseguir metas inatingíveis ou evitar o medo de demissões. Essa questão também está diretamente relacionada ao desenvolvimento, pois pessoas saudáveis são mais capazes de encontrar soluções para os desafios cotidianos.
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