Em uma sociedade capitalista, grande parte das relações e situações está diretamente relacionada ao dinheiro. Isso, somado aos altos índices de endividamento, cria uma preocupação geral sobre o assunto. Todavia, com uma educação financeira adequada e a prática de autocontrole, muitos problemas podem ser evitados nesse âmbito. Adquira mais sabedoria sobre o tema agora!
O potencial do Brasil no ramo financeiro
O Brasil é uma das maiores economias mundiais, ocupa a 9ª posição no ranking do Fundo Monetário Nacional (FMI). Porém, também é um país de endividados e analfabetos funcionais no assunto. Oito em cada dez brasileiros tinham dívidas a pagar no fim do ano passado, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), e seis em cada dez não conhecem ou investem em nenhum produto, de acordo com o Raio X do Investidor Brasileiro da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), também de 2022.
Quando param de trabalhar, 92% dos indivíduos dependem do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para sobreviver, mostra o estudo. “O país investe pouco, é altamente endividado em todos os níveis sociais. Apenas 3% dos aposentados conseguem viver com os próprios recursos, segundo dados mais conservadores do IBGE”, comenta a consultora e especialista em comportamento financeiro, Ana Leoni. "Temos de ensinar os jovens a conseguir dinheiro, mas também a cuidar dos ganhos da vida adulta”, afirma.
Contudo, essa não é uma dificuldade apenas para os mais novos. A educação nesse sentido é um desafio em todas as classes sociais. Entre os 40% dos investidores, 55% são homens e 45% mulheres. Além disso, grande parte deles (48%) integra a classe C, 44% pertencem à B e 8% à A. A renda média familiar é de R $7,1 mil.
Antes de tudo, ter responsabilidade com o próprio salário é fundamental. “Ter boa renda não significa saúde financeira. Dinheiro é para ser usado, mas nunca tudo de uma vez nem com qualquer coisa. Precisamos dar às crianças noções de escolhas para elas se tornarem adultos mais responsáveis e seguros”, alega.
A tecnologia pode ser uma aliada de sucesso!
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Brasil registrou, em 2023, o maior índice de endividamento da população em sua história, com 77,9%. Para o Serasa, 69,43 milhões de pessoas entraram neste ano com restrição no nome. Esses dados mostram a necessidade das empresas encontrarem melhores soluções para diminuir o número de devedores e, nesse caminho, aliar expertise de mercado com a tecnologia tende a ser o caminho mais assertivo.
“A maioria das pessoas quer pagar suas dívidas. Mas o sentimento de incapacidade de sanar suas pendências é um fator grande de constrangimento, afetando a autoestima, a vida profissional e até a estrutura familiar”, pontua Paulo Gastão CEO da PGMais. Nesse contexto, o universo tech se torna um parceiro de sucesso. “O desafio é humanizar as relações e estreitar relacionamento entre marca e cliente, proporcionando uma recuperação de crédito para a população e, com isso, diminuição no índice de inadimplência”, esclarece o executivo.
O desemprego como fator de impacto para o endividamento
Em maio deste ano, foram divulgados os levantamentos obtidos a partir da PNAD. Segundo os dados, a taxa de desemprego do 1º trimestre de 2023, ficou em 8,8% e o índice da pesquisa apresenta um crescimento de 0,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022), Há também uma queda de 2,4 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme revelado pelo estudo divulgado pela plataforma de descontos Cupom Válido, com 9,4 milhões de indivíduos fora do cálculo da população economicamente ativa, o Brasil é o 4ª país com mais desempregados do G20. Somente a África do Sul, Espanha e Turquia ficam à frente, possuindo 8,8%. Na ponta oposta, Singapura é o território com a menor taxa, detentora de apenas 1,8%. Ao comparar com regiões da América Latina, o país também fica na 4ª posição, atrás do Haiti, Costa Rica e Colômbia. Já a Guatemala é a nação com menor índice (2,2%).
Pensando dentro do campo nacional, com 12,2% de desempregados, o Nordeste é o local com a maior quantidade de desocupados. O valor é maior em mais de duas vezes o do Sul (5,0%). O Centro-Oeste, Sudeste e Norte, estão mais ou menos no mesmo nível, respectivamente com: 7,0%, 8,6% e 9,1%.
Pensando em um contexto mais amplo dentro do tema, existem 97,8 milhões de pessoas ocupadas no país, exercendo atividade profissional, seja formal ou informal. Sobre o montante de desalentados, os quais desistiram de procurar emprego, são mais de 3,9 milhões.
O aprendizado constante tem um papel significativo
Em julho de 2021, o MEC, em conjunto com a CVM e o Sebrae, criou o Programa Educação Financeira nas Escola. O projeto visa capacitar 500 mil professores em um período de três anos, finalizado em 2024. Esses docentes disseminarão seus conhecimentos para 25 milhões de alunos dos ensinos funadamental e médio no mesmo período.
Logo, os colégios precisam incluir a disciplina nos projetos pedagógicos como tema transversal, espalhado em diferentes disciplinas, como matemática, português e história. “A ideia é ensinar conceitos práticos, trabalhar com competências a desenvolver nos jovens”, explica Ana.
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