Quando o assunto é a inovação tecnológica, há uma referência a aprimorações em processos e produtos, a partir do investimento no setor. O propósito disso é otimizar desempenhos, além de agregar valor ao negócio e impulsionar resultados positivos. Em suma, trata-se de uma questão estratégica e essencial para os negócios detentores do desejo de sobreviver a um universo trabalhista cada vez mais competitivo. Nesse cenário, conheça mais sobre os temas em alta e a realidade atual dos contratados em TI.
Tendências em alta no âmbito tech
Conforme um levantamento realizado pela TOTVS, 85% das empresas brasileiras ampliaram suas verbas em TI nos últimos três anos. Isso comprova como, de fato, a tendência é, nos próximos anos, haverem transformadores para uma modernização. Nesse sentido, ferramentas surgem para promover esse intuito, desenvolvendo novas habilidades e especializações aos profissionais. Pensando nisso, Emerson Lima, fundador e CEO da Sauter, listou quatro pontos para os inseridos no ramo se atentarem:
- Inteligência Artificial: a linguagem de programação Python e JavaScript ganharam ainda mais destaque nos últimos tempos e, consequentemente, houve um aumento de 179% e 250% respectivamente, em candidaturas nas vagas exigindo esse conhecimento.
- Tecnologias de digitalização: independentemente dos layoffs, é possível notar como as organizações e projetos pequenos precisam de auxílio tech para se desenvolverem. Assim, uma aprimoração de soft skills é fundamental, visando mapear processos das firmas, como funciona o negócio e os possíveis problemas.
- Mulheres à frente da tecnologia: um aumento percebido da presença feminina nas candidaturas e vagas, reafirma ser possível prever um futuro mais equilibrado no quesito equidade de gênero.
- Dispersão geográfica: a flexibilidade do trabalho remoto proporciona maior retenção de talentos. Isto torna os contratos mais maleáveis, diante das inovações nos horários e regimes de ocupação.
O teletrabalho se destaca
Levando em consideração esse último tópico, a 23ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), se faz significativa. De acordo com a análise, na disputa por talentos, o modelo de serviço é um ponto essencial na área e influencia muito na retenção. Tendo em vista a pesquisa, 37% dos empregados de TI preferem uma integração 100% à distância, um resultado 19% maior ao apresentado na amostra unificada. Outros 55% dizem aceitar o modelo híbrido, com dois dias presenciais na semana, em comparação com 74% no total de profissões do estudo.
Segundo os colaboradores, 62% estão dispostos a buscar um novo emprego caso a empresa opte pelo retorno totalmente físico, versus 58% no consolidado. Para 35%, a questão é determinante a ponto de cogitarem não seguir no escritório. Já 27% consideram a escolha relevante, mas não decisiva. “Para 78% deles, seria possível aceitar uma proposta ao menos parcialmente remota. Esse é um dado interessante porque especialistas apontam haver benefícios tangíveis nas trocas entre funcionários no presencial. Em especial para novos entrantes, essa interação pode ser ainda mais vantajosa e acelerar a adaptação”, afirma Eduardo Peixoto, CEO do CESAR.
No geral, essa predileção a escolha tende a ser explicada por certa insegurança rondando o campo. Entre aqueles cuja última atuação se deu em entidades do ramo, 65% avaliam a situação do mercado como ruim ou muito ruim. No comparativo com o resultado consolidado, 54% dos entrevistados fizeram o mesmo diagnóstico. Ao analisar a situação futura, a tendência se mantém. Enquanto 33% dos desempregados se sentem confiantes na conquista da recolocação nos próximos seis meses, apenas 17% do restante compartilha a mesma opinião. “Após anos de forte ascensão, as recentes ondas de demissões nas big techs colaboraram para um sentimento de insegurança. No entanto, é importante frisar como o setor segue bastante aquecido e a tendência é se manter assim no longo prazo. Os últimos anos evidenciaram a relevância da tecnologia para todo e qualquer segmento e isso não deve mudar”, observa Alexandre Attauah, vice-presidente para Contas Estratégicas da Robert Half.
Aprimoração de habilidades no setor se faz imprescindível
Com a quebra das barreiras geográficas, o segundo idioma se torna cada vez mais exigido. Conforme os recrutadores, 62% demandam domínio ou nível avançado em outra língua além da portuguesa. Na amostra unificada, o percentual é de 44%. “Não à toa 66% daqueles em busca por recolocação admitem já ter perdido alguma oportunidade pela falta de fluência. Falar inglês é essencial, pois as firmas estão cada vez mais conectadas globalmente, buscando talentos dentro e fora do país. O profissional com desejo de se sair bem nesse quesito, além de expandir seu conhecimento, terá um enorme diferencial competitivo para melhorar seu cargo ou salário”, reforça Reiva Melo, executiva de Vendas da Robert Half no Nordeste.
Ser feliz na carreira escolhida é crucial
O recorte da avaliação para a esfera indica 85% dos trabalhadores se sentindo, como um todo, felizes com o ofício. Essa satisfação se dá a fatores como amor pela profissão, sentimento de realização, tratamento igualitário e respeitoso, bom equilíbrio na vida e orgulho da organização. “Chama a atenção o alto índice de satisfação dos empregados, tanto em tecnologia como no geral. Isso deve ser valorizado e levado adiante pela alta liderança. Um melhor clima organizacional ajuda em fatores como atração de prodígios e melhoria na produtividade. Para os formados em TI, práticas de ESG são vistas como de suma relevância, pois estão atreladas a esforços para a educação dos colaboradores e políticas diferenciadas de retenção”, finaliza Peixoto.
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