Com as transformações digitais, principalmente impulsionadas pela pandemia, diversos estagiários, aprendizes e efetivos descobriram o poder das mídias sociais. Hoje, existem milhares de criadores de conteúdo espalhados por todo o Brasil, dos mais variados nichos e segmentos. Segundo dados da consultoria Influencity Marketing Hub, no final do ano passado, o número já alcançava 9 milhões de brasileiros nesse caminho. Sendo assim, descubra dicas e melhore cada vez mais!
O mercado de criação de conteúdo apresenta grandes oportunidades
Nesse mar de pessoas e de informações espalhadas pela Internet, se torna gradativamente mais complicado inovar. Porém, para se destacar perante uma empresa, é fundamental ter uma característica única. “A energia e o empenho fazem toda a diferença”, iniciou Luiz Menezes, CEO (Chief Executive Officer) da Trope.
Por isso, tenha cuidado em todos os detalhes. “Se você trata a demanda de publicidade como apenas mais uma, pode estar perdendo as oportunidades daquelas marcas com desejo de construir um relacionamento de longo prazo. O profissionalismo em toda a cadeia é muito importante, então também não é viável ter problemas relacionados à burocracia e aos bastidores. A entrega precisa ser boa por completo”, explica Menezes.
Isso porque o excesso de dados na web acaba gerando uma pressão no creator. De acordo com um estudo da multinacional Nielsen Media Research, mais de 500 mil pessoas atuam dessa forma no país, com no mínimo 10 mil followers cada.
“A ideia convencional sobre as redes sociais é produzir conteúdo viral, ter uma enorme quantidade de seguidores, postar todo dia, durante todo o tempo. Imagine a pressão induzida naquele indivíduo tentando desenvolver um perfil de destaque?”, diz Andy J. Pizza, designer, ilustrador e podcaster.
Conforme uma pesquisa do Nube, 64% dos entrevistados se preocupam com o conteúdo de suas publicações e evitam aquelas comprometedoras e 23% também, mas pelo motivo de ser vigiado pelas corporações almejadas. Já 4% não ligam tanto, pois apenas amigos acompanham, 3% também não se importam, justificam o quanto a Internet é livre, por fim, 2% consideram um espaço somente seu.
Todavia, cada dia mais se torna perceptível o quanto esses canais influenciam a rotina brasileira. Segundo um estudo, divulgado pela Pronatec e baseado em dados coletados de lojas on-line, como o iOS App Store e Google Play, em 2021, o brasileiro passou uma média de quase cinco horas e meia por dia no celular.
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O que não fazer em uma publicidade com as marcas?
Para ajudar quem quer desenvolver essa habilidade e criar cada vez mais conteúdos de excelência, o CEO da Trope listou algumas ações para serem evitadas pelos influenciadores ao fazer ativações com as corporações. Observe:
1) Exclusividade:
Pense bem, pois é relevante lembrar: após a assinatura do contrato, os termos de exclusividade devem ser cumpridos. Às vezes, a publicidade termina em um mês, mas o período de exclusividade ainda se estende por anos e muitas pessoas esquecem desse detalhe.
Um bom exemplo é visto quando um digital influencer fecha o acordo com um cliente e, sem querer, faz propaganda do concorrente. Mesmo com um simples “recebido”, é muito grave e pode gerar multa contratual, além de possível blocklist dos contatos, sendo “cancelado” no meio.
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2) Processamento de briefing:
Em suma, é indispensável entender a demanda do contratante para conseguir encaixar dentro da sua narrativa de acordo com seu público e nicho. Além disso, tenha sempre em mente: a marca não é sua chefe, mas sim sua parceira.
Os creators precisam estabelecer os limites de até onde podem ou não ceder. Afinal, você não é obrigado a fazer aquilo sem vontade, mesmo se a companhia estiver pagando. Por isso, ser sincero é essencial no momento das negociações da venda e da entrega, pois a autoridade construída com sua audiência é o seu maior valor.
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3) Data de entrega e prazos:
Compromissos aparecem e responsabilidades mudam, mas o criador precisa compreender como as organizações possuem planejamentos, planos de mídias e verbas específicas para as campanhas. Ou seja, modificações em cima da hora podem causar grandes problemas, não só para o time de marketing.
Então, se você assumiu a responsabilidade, falou como vai entregar o seu conteúdo naquele dia e horário, precisa cumprir. É claro: existem exceções, porém, honrar o cronograma é imprescindível.
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Se planeje para ser um bom criador de conteúdo
Enfim, esses itens citados são alguns fatores, conforme Menezes, para serem evitados com o objetivo de agradar cada vez mais as organizações. Todavia, existem ainda outros aspectos para ficar em alerta, como a expectativa do cliente. Quando não é atendida, pode gerar uma situação desconfortável. Isso provavelmente faz o criador de conteúdo não ser chamado para uma próxima ação ou renovação.
Para Menezes, quem está começando como criador de conteúdo deve estar atento a tudo neste cenário e principalmente se organizar. “Todos podem ter ótimas ideias, mas quando está estruturada, com detalhes e possui um plano mínimo de negócios, faz diferença para ser notada pela marca. Se você conseguir uma oportunidade de falar com a área de marketing, faça valer a pena, demonstre profissionalismo e mostre como você é uma pessoa apta para ser contratada por aquele anunciante”, finalizou.
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