Cuidar da própria educação financeira é um desafio para várias pessoas. Isso porque, muitas vezes, não há esse estímulo desde a infância e crescemos sem entender a real importância de ter esse cuidado. Para quem tem interesse em saber mais sobre o mercado e conhecer dicas valiosas para aprimorar sua liderança, é fundamental se manter em constante aprendizado. Sendo assim, continue nesta matéria!
Como anda o mercado financeiro na atualidade?
Nos últimos meses, vimos várias notícias veiculadas na mídia sobre corporações, de diversos portes e segmentos, anunciando demissões em massa de colaboradores. Uma das justificativas para tal se resguarda no momento desafiador vivenciado pelo ramo, o qual possui um background cheio de incertezas. Segundo dados da B3, a queda do Ibovespa, principal indicador da casa, caiu 7,16% nos três primeiros meses de 2023.
Esse cenário mostrou o quanto é vital se manter em qualificação contínua e também trouxe luz ao papel da liderança em momentos de crise. Para Gabriel Santos, sócio da EXEC, consultoria especializada em Executive Search, é necessário focar em algumas características proeminentes. “O segmento precisa de profissionais com capacidade de tomar decisões rápidas em relação a qualquer assunto, seja em respeito à expansão, investimentos e até mesmo sobre demissões”, comentou.
Para ele, todos esses acontecimentos extraem potência de quem está à frente. “As empresas do setor, assim como o próprio segmento, vivem à base de expectativas. Por isso, é preciso estar sempre preparado para o pior e isso demanda uma liderança forte”. Segundo Santos, a diferença entre um bom capitão e aquele ruim está na maneira como transmite a mensagem para seus liderados, como a contextualiza e se é próximo de sua equipe.
Nesse sentido, focar em desenvolver habilidades humanizadas é o primeiro passo. “Independentemente da decisão, um líder valente precisa ser bastante humano, além de muito pragmático e objetivo. Por outro lado, é um grande desafio conciliar tudo isso em um tempo conturbado. Além disso, conjuga sensibilidade e empatia com o dinamismo e tomada de decisão”, explicou o executivo.
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A importância de bons líderes dentro das empresas de todos os segmentos
Uma coisa é certa: um chefe despreparado tem um grande impacto na equipe, tanto de um setor quanto em toda a organização. Principalmente quando levamos em conta o cotidiano, no qual um dia é completamente diferente do outro e se torna cada vez mais difícil prever a bolsa de valores.
Assim, um processo de lay-off mal feito gera uma onda de insegurança em todos os profissionais, essencialmente naqueles com talento, bem avaliados e comprometidos. “Eles começam a questionar se estão no lugar certo, se vale a pena ficarem e acabam olhando para fora, em busca de mais valorização”, enfatiza o sócio da EXEC.
Por isso, saber lidar com esses momentos requer posturas mais singelas. “Eles precisam separar o CPF do CNPJ e é difícil direcionar isso da melhor forma. Aí entra também a questão da adaptabilidade, bastante relevante. Algumas pessoas vão ficar mais frias no momento da saída de alguém, outras mais calorosas. Cabe ao líder saber ler e se ajustar ao perfil para conseguir concluir o processo de demissão, inclusive ajudando na sua recolocação”, reforça Santos.
Para o especialista, um dos maiores gaps desse campo diz respeito à formação dos coordenadores e a falta de estímulo em capacitações assertivas. “Nesse setor, o profissional é muito bom tecnicamente e cresceu na carreira por conta disso. Porém, de forma geral, há pouco investimento e atenção para a importância de investir em treinamentos e se preparar melhor”.
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Como manter a motivação da equipe e elevar seu engajamento?
Para quem quer aprimorar esse know-how, Santos elencou algumas dicas valiosas para os líderes manterem suas equipes motivadas, principalmente quando a corporação navega em tempestades. Confira:
1) Sempre lembre seu time como o mercado financeiro é cíclico:
Na visão do sócio da EXEC, esse é o primeiro ponto a ser levado em conta, especialmente porque o brasileiro é mais imediatista em suas decisões. “Historicamente, o mercado financeiro tende a ser mais positivo se comparado com suas viradas negativas. Por isso, é imprescindível ajudar o time a pensar no longo prazo, assim como um investidor de ações. Se ele quiser vender os papéis logo na primeira queda, vai perder dinheiro. O mesmo acontece com o colaborador, ele perde as chances de ser bem-sucedido lá na frente”.
2) Foque em estar próximo da sua equipe:
Em momentos difíceis, um bom capitão precisa ser mais “hands-on” nas operações. “Dedicar 30% das atividades dele para as suas entregas e os 70% restantes para a gestão, investindo em escutar os membros, dar feedbacks, entender os acontecimentos e ver como isso pode ser melhorado”, disse Santos.
3) Mantenha a sinceridade na sua gestão:
O sócio da EXEC afirma: a sinceridade ajuda os indivíduos a se envolverem mais com suas atividades. “O líder deve pensar no negócio como um todo, ser correto com as pessoas, sem omitir ou mentir para seus colaboradores. Dessa forma, você ajuda o time a se desenvolver. Isso é fundamental para criar robustez e passar as mensagens de forma correta”.
4) Faça os ajustes necessários para aumentar a eficiência:
Neste caso, Santos ressalta como isso não envolve necessariamente fazer demissões, mas sim em termos de funções e tarefas. Ou seja, realoque bons profissionais para aquelas áreas com mais entendimento. Sempre promova ou beneficie quando cumprirem metas ou extrapolarem as expectativas. Essas são algumas das ações responsáveis por motivar e aumentar a performance de todos.
Por que educação financeira é importante não só para os líderes?
Uma pesquisa do Nube questionou: “você consegue organizar suas finanças pessoais?”, para cerca de 21 mil respondentes. Como resposta, 45% tem foco em ser independente e por isso está sempre em busca de compreender mais sobre o assunto, 36% faz o possível para não gastar muito e 13% dizem depender, alguns meses sim e outros não.
Por fim, conforme o levantamento, 5% não têm esse controle e desperdiçam dinheiro com bobagens, se arrependendo logo após. “O objetivo da educação financeira é ensinar o valor do dinheiro como ele pode ser usado de modo saudável. Isso envolve a capacidade de se planejar, reconhecendo as diferenças entre desejos e necessidades”, ressaltou o coordenador do Núcleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Arquidiocesano, Ricardo Correa.
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