A palavra diversidade, assim como o seu propósito, é bem ampla, portanto, existem muitas vertentes para dar a devida atenção em função de alcançá-la. Atualmente, esse requisito tem sido cada vez mais falado, não à toa, pois o Brasil é um país múltiplo e suas oportunidades no mercado de trabalho, seja em um cargo de aprendizagem, estágio, efetivo, gestão e outros deve seguir esse mesmo caminho. Então veja, nesta matéria, o quão importante é alinhar a sua organização com essa cultura.
O que a diversidade representa?
O termo trata da pluralidade envolta em nossa população, dentro dela estão inclusas as diferenças étnicas, culturais, religiosas, etárias, sociais, linguistas e muitas outras concepções. “Em essência, ela descreve uma série de características, as quais afetam os valores, crenças, atitudes e comportamentos de um indivíduo. Isso sem a inclusão pode não ter muita significância, ao contrário da combinação de ambos conceitos. Primeiro, as pessoas se sentem incluídas quando são tratadas “com equidade e respeito”. Em seu ponto mais alto, a inclusão é quando as pessoas sentem "segurança" para falar sem medo, constrangimento ou retaliação. Também quando estão “empoderadas” para crescer e fazer o melhor trabalho possível. Sendo assim, um é o elemento crítico para o próximo surgir”, explica Alberto Vargas, especialista em administração de empresas.
Afinal, por que as empresas devem se preocupar em fundar essa característica em seu time?
O assunto é de extrema relevância e afeta vários âmbitos de desenvolvimento para o nome, seja em desempenho dos seus colaboradores, interesse do público e captação de investidores. Apesar disso, a pesquisa presente no relatório da Great Place to Work (GPTW) revelou os índices de atenção ao tema: em 2019, 24% dos 2.654 entrevistados afirmaram como a diversidade e inclusão eram um aspecto prioritário a ser trabalhado. Em 2020, esse número subiu para 32%, já em 2021 para 37%. Porém, neste ano, infelizmente a prioridade caiu para 17,9%.
Outro levantamento realizado pelo próprio Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), usou como base a seguinte pergunta: “as empresas estão preocupadas com a diversidade e inclusão?”, com 25.505 votos, o resultado final foi positivo para esses tópicos. Para a maioria dos respondentes, 37,69% o retorno foi sim, mas ainda pode melhorar muito, 27,01% disse depender da empresa, já 23,78% afirma, pois isso já é perceptível em vários setores. Ao contrário das métricas favoráveis, 7,36% colocam essa situação como afastada do ideal, por fim, 4,15% não concorda, nem um pouco, pois para eles a maioria apenas fala e não faz nada.
Ao ponderar esses números, seguir o conselho do especialista Vargas, pode ser um bom investimento. “Entender por que a diversidade – ou qualquer iniciativa em toda companhia– é necessária é o primeiro passo para instituir a mudança. Uma força de trabalho diversificada é fundamental para refletir uma sociedade global e a base de consumidores. Assim, permite aos executivos entenderem melhor as falhas e se comunicarem de forma mais eficaz. Além disso, ela impulsiona a inovação e fomenta a competitividade. Trata-se de olhar além da paridade demográfica para o resultado final: multiplicidade de pensamento”, instrui.
Quatro efeitos positivos da inclusão e diversidade no mundo corporativo
No estudo “How Diversity Can Drive Innovation”, publicado recentemente pela Harvard Business Review, ficou provado como os times diversos tornam as organizações 3,5 vezes mais inovadoras! Então, seguindo nessa mesma premissa, outro profissional, Silvio Sallowicz, CEO da Duo & Ecco, também insiste na adequação do mercado, por isso, ele listou quatro motivos para investir ainda mais nessa questão:
1) Incremento da produtividade: a diversidade de talentos contribui, naturalmente, para haver um espectro maior de habilidades no time, além de amplitude nas experiências e perspectivas. Porém não só isso: à medida de priorizar pessoas de várias culturas e origens funcionando juntas, favorece a existência de um ambiente colaborativo e crescem as boas ideias na corporação. Justamente porque as diferentes visões de mundo elevam as chances de soluções mais rápidas e eficazes no dia-a-dia. Ou seja, quando há esse atributo, a melhoria contínua vem naturalmente!
2) Reputação positiva: os consumidores se sentem mais conectados com as corporações cujas ações de marketing e publicidade retratam pessoas cultural e etnicamente múltiplas. Dessa forma, a inclusão não só cria uma reputação positiva, mas aumenta a conscientização do mercado com relação a suas ações e isso reflete em uma base de clientes também mais diversificada e, consequentemente, maior.
3) Tomadas de decisão mais assertivas: uma equipe composta por indivíduos com visões de mundo diferentes quebra barreiras mais facilmente e consegue avaliar se isso é realmente relevante e verdadeiro para o mercado como um todo. Ou seja, com um time amplo, as entidades lidam melhor com as diferentes nuances dentro da economia.
4) Maior retenção de talentos: quando existe o respeito pelas diferenças e a valorização do lugar de fala, os colaboradores se sentem mais aceitos e reconhecidos. Dessa forma, têm maior engajamento e, ao trabalharem felizes, ocorre uma redução geral da rotatividade nas equipes. Segundo recente estudo realizado pela Deloitte, os nascidos entre 1980 e 2000 (millennials) têm mais interesse em ingressar em corporações das quais levam a sério as questões de diversidade de gênero, étnicas e culturais. Em comparação com as gerações anteriores, essas pessoas cresceram com esses itens como algo crucial.
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