Cada vez mais em destaque, a busca por equidade no mercado de trabalho propõe uma reflexão e mostra a importância de trazer essa pauta para o ambiente empresarial em todo o mundo. Segundo o relatório Global Gender Gap Report, apresentado pelo Fórum Econômico Mundial, a desigualdade de gênero global só acabará em 132 anos. Ainda, o Brasil está no 94º lugar do ranking, incluindo 146 nações. Sendo assim, entenda o porquê de trazer esse debate para a cultura organizacional.
Igualdade de gênero no meio corporativo: uma pauta do presente em busca de um futuro mais justo
Consoante à Margareth Goldenberg, CEO (Chief Executive Officer) do Movimento Mulher 360, é preciso prestar atenção no assunto desde agora. “Uma realidade trabalhada hoje para as próximas gerações não se virem diante de um cenário tão adverso”. Conforme o mesmo levantamento, no país, as mulheres somam mais de 1808 milhões de pessoas e representam 51% da população.
Um ponto de esperança no documento diz respeito à redução do desequilíbrio das oportunidades oferecidas para elas e eles. Ou seja, as companhias estão percebendo essa problemática e promovendo ações para amenizá-la. Dessa forma, continuar trazendo à tona essa temática é imprescindível.
“Temos números reforçando o crescimento de estratégias internas para equidade de gênero, nos permitindo dizer: as empresas compreendem o quanto isso não se trata apenas de uma questão de justiça social. É um valor ímpar para impulsionar negócios e cabe às organizações se manterem ativas na adoção de medidas para ajudar a reduzir a desigualdade”, explica a CEO do Movimento Mulher 360.
Assim, gradativamente mais o tema vem conquistando patamar de prioridade na agenda corporativa. “É perceptível, nos últimos anos o mercado nacional caminhou rumo ao avanço dessa agenda. As empresas vivenciaram os ganhos de investir em uma gestão mais igualitária e as vantagens de um ambiente plural, aumentando o potencial de inovação”, comenta Lídia Abdalla, presidente do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica.
Para além dos avanços das métricas a favor da ascensão feminina, isso também reflete em mais diversidade, inclusão e melhores práticas de governança. Assim como quem investe no ESG (Environmental, Social and Governance), alcança um amadurecimento notável para a organização.
Mulher no comando: sucesso constante
No Brasil, o fomento ao potencial feminino tem se elevado e já é realidade na força de trabalho de grandes marcas, inspirando possibilidades reais para elas serem protagonistas de suas carreiras, bem como estimulando outros empreendimentos a também oferecerem um espaço. Aqui, no Grupo Nube, a porcentagem de gestoras ultrapassa a de gestores e elas comandam como ninguém, cheias de garra e inspiração!
Outro exemplo positivo vem de Brasília. O Grupo Sabin foi fundado por duas mulheres e hoje é presidida por Lídia. Com uma cultura organizacional bem direcionada, 78% dos cargos são ocupados por mulheres e 74% da liderança são elas à frente. “A valorização dos nossos colaboradores está no centro das nossas ações, direcionando programas e políticas para fomentar o ambiente diverso, proporcionando a troca de experiências entre profissionais dos mais diferentes perfis e, principalmente, na força para o protagonismo da mulher em todos os seus papéis na sociedade”, exclama a executiva.
Dessa forma, o empreendimento também estimula iniciativas para uma gestão em busca de ampliar a representatividade e desconstruir os estereótipos. “Estimular um espaço corporativo mais harmônico não é apenas sobre negócios, é também sobre pessoas. Temos desafios sociais e econômicos a serem superados e é essencial ser uma luta de todos", conclui Lídia.
As métricas ressaltam o quanto é importante investir em equidade no mercado de trabalho
No âmbito profissional, diversas pesquisas apontam como ainda há um longo trajeto a percorrer para a tão sonhada igualdade de direitos. Em agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referente ao segundo trimestre de 2022, com dados sobre a taxa de desemprego no país. Segundo os dados, a taxa de desocupação para o gênero feminino continua maior quando comparada ao masculino. Sendo assim, são 11,6% em relação a 7,5%, respectivamente.
Todavia, o desequilíbrio não está apenas na inserção no mercado de trabalho. O crescimento profissional também é um grande obstáculo enfrentado por elas. De acordo com o relatório “Women in Business 2022”, produzido pela Grant Thornton, 38% das posições em tomadas de decisões no país são ocupadas por mulheres. Apesar da pequena queda quando comparamos com 2021, quando o resultado foi de 39%, é possível notar um avanço significativo neste índice, pois em 2019 apenas 25% dos cargos estavam sob o controle delas.
Conforme um estudo da McKinsey, em 2018, as companhias com mulheres na liderança lucram, em média, 21% a mais e têm resultados operacionais 48% maiores em comparação com a média da indústria. Isso porque elas costumam se preparar mais para serem admitidas corporativamente. Consoante a edição de 2019 do Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), elas têm 15,8 anos esperados de escolaridade e a média é de 8,1 anos de aprendizado, enquanto os homens possuem 15 anos e 7,6 anos, respectivamente.
Nesse contexto, são raras as instituições com um equilíbrio nesta questão. A diversidade das visões dentro das empresas é o único caminho possível para o crescimento sustentável. Sem a pluralidade de falas, a criatividade e a inovação chegam a um patamar limite muito rápido. Esse é apenas um dos efeitos positivos ao ser inclusivo e estimular a diversidade”, avalia Marina Capra, diretora de RH (Recursos Humanos) e líder da diversidade da Organon.
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