O Brasil, em sua população, conta com uma diversidade gigante de etnias, culturas, talentos entre outras. Levar todas essas possibilidades para o ambiente empresarial, além de necessário é valioso. Dessa forma, quem viabiliza e promove essa prática garante um quadro motivado, de mentes abertas para conhecer a realidade do próximo e ainda, atingir novos públicos de identificação com representatividade. O estágio, por exemplo, é um momento de abraçar e impulsionar a carreira de um indivíduo para levá-lo a outras posições, sendo assim, é uma oportunidade de inclusão. A sua organização preza por esse quesito? Entenda, nesta matéria, quais os impactos de quem acolhe as diferenças.
Afinal, qual o significado de diversidade?
Antes de tudo, é preciso compreender com propriedade o significado dessa palavra. De acordo com o gerente de marketing da Adapta, Paulo Oliveira, existem várias interpretações acerca dela. “Em sua essência, está o entendimento sobre cada pessoa ter sua unicidade a qual deve ser respeitada. Isso inclui raça, etnia, identidade de gênero, orientação sexual, necessidades especiais, status econômico, religião, ideal político, idade e habilidades”, explica.
Cada um, então, tem a sua capacidade de agregar com um novo conhecimento e realidade, em um mês como setembro, o acolhimento a todos demonstra muita coisa e pode ser uma medida a favor da campanha Amarela. A descriminação de alguém é repudiada e em suma se caracteriza como infração. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurados no terceiro semestre de 2022, existem 10,1 milhões de desempregados no Brasil e as pessoas negras correspondem a 67,2% desse total. Além desse grupo, de acordo com um estudo feito pelo LinkedIn, 35% dos entrevistados LGBTQIAP+ revelam ter sofrido preconceito no ambiente de exercício, em maioria, pelos próprios colaboradores.
Ambas situações preveem medidas legais contra os casos de homofobia e racismo. No entanto, muitas vezes o medo de perder a sua renda inibe a busca por condições saudáveis. Mesmo assim, em 2021, as informações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) mostram como foram ajuizados, na Justiça do Trabalho, mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o país, elucidando sobre a gravidade da violência descriminatória no ambito laboral.
Renove a sua cultura organizacional e vá contra o aumento das estatísticas negativas
A sua empresa tem potencial para aumentar as porcentagens, mas não as citadas acima. Incentivar a inclusão entrega resultados favoráveis para o crescimento e trajetória do nome. “Há muitas evidências a favor de uma força de contribuição diversificada e inclusiva, não apenas em termos de desenvolvimento de novas ideias, mas também na criação de um ecossistema atraente e acolhedor para quem procura uma organização em função de se desenvolver profissionalmente”, revela Oliveira.
A Fundação Getúlio Vargas, apresentou uma pesquisa sobre a composição do meio empresarial, a Geração Y ou do milênio representam 34% da população mundial, ou seja, os millennials são maioria e constituem 70% da força laboral. De acordo com o especialista, algumas características dessa faixa etária são fundamentais para reduzir e até erradicar o preconceito. “Os profissionais dessa geração costumam ter a autoestima mais elevada. Outra grande atribuição é o fato de tenderem a possuir uma criatividade aflorada. Eles também estão extremamente conectados com questões sociais, como política, sustentabilidade, luta de classes, entre outros”, diz.
Para essa parcela da sociedade, a contribuição com uma companhia analisa alguns aspectos antes, principalmente, o nível de pluralidade na futura equipe. Dessa maneira, eles buscam organizações com ideais compatíveis. De acordo com a World Economic Forum, 47% do grupo Y procuram ativamente a diversidade onde prestam serviço. Logo, para quem quer novos habilitados e competentes, essa ação deve ser contínua e primordial para alcançá-los.
Saiba como conquistar a diversidade em sua empresa e como ela promove o sucesso
Esse conceito, então, é indispensável para o sucesso de seu serviço, e consequentemente para a transformação social. Por isso, abordar esse tema tanto para os prestadores antigos quanto para os novatos é de extrema importância. “Uma forma simples de começar a abordar esse assunto com o time é realizar treinamentos sobre sensibilidade cultural, incluir palestras no cotidiano da corporação, e aos poucos, criar um ambiente inclusivo no qual todos sejam bem-vindos para expressar suas opiniões”, instrui o gestor de marketing.
Não só de forma teórica, mas a prática é imprescindível para os estímulos dessa política. A abertura de vagas direcionadas para pessoas com deficiência, negras, transexuais e outros, garante esse espaço não só com apoio moral. “É necessário incluir metas inteligentes envolvendo a multiplicidade, assumir o compromisso de contratar de maneira inclusiva e desenvolver projetos nesse quesito, abertos ao público”, complementa Oliveira.
Quando seus parceiros ganham o senso de participação, consideração aos seus princípios, valorização das suas ideias e seriedade, a produção e a convivência tendem a melhorar. Uma pesquisa realizada pela Great Place To Work mostrou como um local de trabalho diversificado e inclusivo pode ter:
- Maior crescimento de receita;
- Disponibilidade para inovar;
- Aumento na capacidade de recrutar um conjunto diversificado de talentos;
- Retenção de colaboradores 5,4 vezes elevada.
O gestor também pontua, baseado nesse estudo, como isso mantém os talentos já recrutados. “Quando o funcionário confia no tratamento justo dele de seus colegas, independentemente da raça, orientação sexual ou idade, outras melhorias surgem”, nota. Como:
- 9,8 vezes mais chances de ficar feliz no cotidiano do serviço;
- 6,3 maiores possibilidades de ter orgulho do seu cargo;
- 5,4 superior viabilidade de querer construir uma carreira na empresa.
Após essa apresentação, não é difícil concluir como as ações de cunho social são fundamentais para os negócios e um mundo mais compreensivo.
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