O mundo corporativo, assim como todas as áreas da sociedade, passou por diversas mudanças nos últimos anos. Principalmente após a pandemia, as pessoas passaram a enxergar suas vidas com outros olhos. Sendo assim, é fundamental os líderes estarem atualizados com as tendências de mercado, as novidades técnicas e aspectos comportamentais para terem sucesso no gerenciamento de estagiários, aprendizes e efetivos em seu negócio.
Os desafios dos líderes
Para Rica Mello, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, a importância de um supervisor capacitado pode ser percebida em outras esferas do cotidiano. “É comum vermos no futebol, por exemplo, um time mudar da água para o vinho apenas por conta da troca do comandante. Com a mesma equipe e estrutura, tudo melhora com a presença de um chefe preparado”, explica.
Embora seja um universo distante, é possível ver essa mesma lógica sendo aplicada em empresas. “O sistema funciona de forma completamente diferente após a substituição do gestor. Muitas vezes, alcança-se resultados muito melhores em relação aos anteriores. Isso não traz uma sensação de alívio apenas para a direção, mas também para os colaboradores, pois se sentem parte dessa transformação”, declara Mello.
De acordo com o empreendedor, o sucesso acontece quando o gerenciador consegue influenciar os demais. Para isso, não precisa de títulos ou cargos, apenas um bom relacionamento e conexão com o grupo. “É necessário diferenciar e lidar com as necessidades e o estilo de vida dos membros para gerar essa relação. Ao vivenciar e se preocupar com as dores, desejos e parcimônias deles, consegue extrair o melhor de cada um, otimizando o desempenho”.
Para o especialista, o primeiro passo é conhecer a si mesmo. “Tudo começa entendendo seus próprios valores, pontos fortes e aspectos a serem melhorados". Essa reflexão permite o equilíbrio em sua forma de trabalhar e confiança nos resultados. Ajuda também a amplificar a humildade para crescer junto aos liderados. “Assim podemos inspirar, motivar e reter as estrelas das nossas organizações. Apesar da possibilidade de seguir seus caminhos em outras empresas, preferem suar a camisa conosco”, finaliza.
Algumas atitudes não cabem mais
Muitas expressões e maneiras de agir perderam o espaço nas companhias e não surtem mais o efeito de antes. Atualmente, as novas gerações esperam empatia, respeito e acolhimento. “Não há mais lugar para aquele tipo de chefe mandão. Hoje, o tom autoritário é totalmente desapropriado e fora de contexto. É preciso ser uma figura exemplar. Os funcionários buscam compartilhar suas ideias e experiências, além de serem reconhecidos por isso”, destaca o CEO da Localfrio, Rodrigo Casado.
Quem também está atento às novas formas de liderança é Thomaz Menezes, CEO da It’sSeg Company. De acordo com ele, essas situações só servem para desmotivar times e “satisfazer o ego” de quem a profere. “É uma atitude antiquada, inapropriada e grosseira. Quem tem essas ações, buscando o conflito, a desestabilização e o caos, certamente colherá esses frutos”, analisa.
Veja abaixo dez exemplos de frases tóxicas para não serem ditas:
1. Manda quem pode, obedece quem tem juízo
2. Você é pago pra trabalhar e não para dar opinião
3. Aqui, funcionário tem hora pra entrar, mas não tem hora pra sair
4. Quer se divertir? Vai para Disney
5. Você fez apenas sua obrigação
6. A equipe precisa se adaptar ao meu jeito
7. Na minha época era diferente, hoje tudo isso é “mi-mi-mi”
8. Já vai embora? Está desmotivado?
9. Amizade se faz no clube
10. Trate os assuntos como se você fosse dono
É fundamental oferecer feedbacks
Em um ambiente com pouca abertura para o compartilhamento de pensamentos, a tendência é a formação de um staff desmotivado. No entanto, é possível reverter a falta de engajamento com uma simples estratégia: o feedback. A iniciativa trata-se de um momento de diálogo, a fim de abordar em detalhes a performance de cada um com o intuito de reforçar pontos positivos e a serem melhorados. Dessa forma, se bem estruturada, a proposta é capaz de desenvolver tanto o lado profissional quanto pessoal dos indivíduos.
Para a coordenadora de Gente & Gestão da Quero 2 Pay, Nirvana Vasconcelos, “essa prática evita a desmotivação, baixa produtividade, estagnação e até mesmo a perda de grandes talentos. Ainda, reduz conflitos e aumenta a colaboratividade entre os colegas. Em um local com esse hábito, a confiança é reforçada na rotina corporativa”. Pensando em auxiliar nesse sentido, a executiva listou o passo a passo para desenvolver essa cultura nas organizações. Confira abaixo:
Analisar o desempenho: a primeira atividade a ser realizada durante a implantação de um programa de feedback é a análise de desempenho. “Aqui, é necessário avaliar a entrega de cada membro para compreender os melhores planos de ação”, explica Nirvana.
Arrumar a casa: para a conversa ser assertiva, é essencial ter uma certa frequência. Então, esclareça para todos a relevância dessa mudança e explique como ela é positiva.
Conquistar aliados: a alta cúpula tem o papel de inspirar e consequentemente engajar esse movimento. “Vale ressaltar: os chefes precisam estar preparados para executar esse diálogo. Em vez de um momento de críticas, deve refletir e escutar também”, pontua a coordenadora.
Ir a campo: inicialmente, é melhor manter de um a dois aspectos a serem otimizados pelo profissional em um período de tempo determinado. A ampliação dos objetivos do plano deve ser feita com base na evolução.
Portanto, esteja atualizado e por dentro das tendências do mercado. Ofereça um tratamento amigável para seus comandados e conquiste os melhores talentos disponíveis, além de reter os integrantes atuais. Dessa forma, você terá um clima saudável no seu negócio e, consequentemente, estará muito mais perto do sucesso.
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