Com o passar do tempo, os gestores perceberam a importância de contar com uma equipe plural. Afinal, essa prática traz inúmeros benefícios para as empresas e a sociedade. Sendo assim, é fundamental lutar para não haver discriminação no ambiente corporativo e construir um ambiente saudável em todos os âmbitos. Dessa forma, as lideranças também devem ter essa atitude ao selecionar estagiários.
A importância da diversidade nas empresas
A questão da diversidade tem avançado gradualmente e, aos poucos, mulheres, negros, comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência (PcDs) e multigerações ganham mais espaço nos times. Isso é reflexo de um trabalho de conscientização para transformar a cultura de muitas companhias.
Esse movimento tem acontecido de forma gradativa. Ao trazer a temática à tona nota-se a identificação entre os colaboradores. Cada um tem sua história e, observar todos tendo as mesmas chances e tratamento igual, melhora também o clima, proporcionando acolhimento e humanização. Para o CEO e cofundador da Olga Ri, Bruno Cindicic, esses fatores são essenciais, “pois mostram como a gestão valoriza e se posiciona perante as diferenças e, assim, consegue criar um local de trabalho seguro e longe de preconceitos. Dessa maneira, a produtividade aumenta, sendo benéfico tanto para o grupo quanto para o negócio”.
Outra questão relevante é a equidade salarial. Oferecer remunerações iguais para indivíduos em cargos semelhantes é uma premissa básica, mas não é suficiente para reparar as desvantagens estruturais. “Muitos locais optam por não contratar candidatas com filhos ou, ainda, são incisivos nas entrevistas questionando os planos de maternidade. As mulheres podem, devem e estão chegando ao topo dos cargos, mas o caminho ainda é longo e isso não é difundido e aplicado em muitos empreendimentos”, lamenta Cindicic.
As organizações precisam se posicionar ativamente para manter um ambiente livre de machismo, racismo, homofobia e todas as outras formas de discriminação. “Devemos ainda ficar atentos a fim de preservar os direitos conquistados e denunciar as tentativas de retrocesso, independentemente de onde venha a acontecer”, ressalta o executivo.
O papel das mulheres nas corporações
Segundo um estudo divulgado em 2021 pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, no último ano houve um crescimento de 55% de empreendedores no Brasil, sendo as mulheres responsáveis por 49% desse aumento. Isso se deve ao desenvolvimento de oportunidades e às iniciativas recentes.
No entanto, essa luta perdura há séculos. Hoje, elas representam 34% do número total de empresários, mas esse valor já chegou a 34,8%, em 2019, antes da pandemia, de acordo com dados do Sebrae. Portanto, considerando essa disparidade de gênero, espera-se maiores dificuldades para as moças, tornando essa jornada desafiadora.
Por outro lado, as startups surgiram como uma grande aliada para a transformação desse cenário. O Brasil possui cerca de 13,7 mil cadastradas e em atividades, mas apenas 25% possuem colaboradoras e 16,9% têm donas, de acordo com Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em 2021. Por conta dos baixos números, algumas lideranças passaram a oferecer programas de incentivo para essas contratações, gerando mais confiança e abrindo espaço para um local heterogêneo.
Esses incentivos são cruciais para a inclusão social. Além de justo e necessário, também é um ato tecnológico e inovador. “Falar sobre o tema é essencial e lançar ideias e programas é determinante para o crescimento e desenvolvimento, pois possibilita um leque de possibilidades. Da troca de experiências e diferentes pontos de vista surgem soluções e pensamentos positivos para o negócio”, comenta a sócia e product manager do DeliRec, Victoria Di Giorgio.
Felizmente, as instituições estão cada dia mais se voltando para causas sociais. “Acredito em um futuro com o mercado de trabalho mais inclusivo, assim como todas as outras esferas da sociedade. Apresentar e falar sobre mulheres importantes para a história pode despertar uma curiosidade nas jovens. É preciso mostrar para as brasileiras como elas podem e são capazes de atuar onde quiserem e comandar grandes empresas”, explica Victoria.
As pessoas buscam por empresas diversas
De acordo com pesquisa global da Adobe com clientes, 61% dos entrevistados consideram determinante a inclusão e diversidade na publicidade. Segundo a professora Vivian Rio Stella, é necessário ter respeito e consciência sobre o tema para não magoar um colega. “As pessoas se sentem desconfortáveis muitas vezes perante frases e expressões comuns, mas com conotação preconceituosa.
Conforme a professora, existem muitos manuais de linguagem inclusiva circulando nas redes sociais e grupos de WhatsApp. “Muita gente se diz favorável ou contrária, mas, na realidade, é sobre como se naturalizou a discriminação. É uma questão geracional”, defende. Para ela, é preciso parar, conhecer, estudar e verificar como tantas expressões machistas, racistas e de etarismo foram naturalizadas.
Nesse sentido, Vivian dá alguns exemplos para obter uma comunicação melhor no ambiente de trabalho:
Em vez de:
Obrigado a todos.
Parem de denegrir.
Não judie dos animais.
Aquela aleijada.
É uma pessoa velha.
Acima do peso ideal.
Prefira:
Agradecemos a presença.
Parem de difamar.
Não maltrate os animais.
Aquela pessoa com deficiência.
É uma pessoa madura.
Não há um peso ideal para todas as pessoas, evite a expressão.
Dessa forma, você evitará:
Marcação de gênero
Racismo
Preconceito religioso
Capacitismo
Etarismo
Gordofobia
Portanto, é fundamental estar ligado e tomar cuidado com esses aspectos no cotidiano. Para evitar constrangimentos e oferecer o mesmo tratamento a todos, fique alerta e estude sobre comportamentos desagradáveis. Assim, você possuirá um grupo muito mais forte e unido, possibilitando oportunidades a esferas desfavorecidas da sociedade. Se busca por estagiários ou aprendizes para te acompanharem nessa missão, entre em contato com o Nube. Nós temos os melhores candidatos para você!
