Segundo dados divulgados pela Abres (Associação Brasileira de Estágio), o número de estagiários no Brasil antes da aprovação da Lei n° 11.788 era de 1,1 milhão. Uma pesquisa realizada no início de 2021 mostrou esse número 18,18% menor, com 900 mil, sendo 686 mil para o ensino superior e 214 mil para o ensino médio e técnico. Esses resultados vieram de um levantamento feito com os agentes de integração e instituições de ensino do país. Tendo em vista esse cenário de declínio na inserção de talentos, quais os desafio de quem está a procura de uma vaga? Confira agora nesta matéria!
O impacto de um bom salário
Um release divulgado pelo Nube no início deste ano referente à Pesquisa Nacional de Bolsa Auxílio contém um ranking dos cursos mais bem pagos em estágios. No texto, a remuneração é citada como um fator de influência na busca por um ofício, atraindo candidatos de acordo com os benefícios oferecidos. Posto isso, é preciso ter em vista a necessidade de oferecer uma bolsa compatível com o mercado, inflações, entre outros. Nesse sentido, Letícia Lopes, estudante de controladoria e finanças da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), revelou como a desvalorização dessa mão de obra é um agravante para uma desanimação com a experiência.
As maiores dificuldades
Se sentir perdido e não saber por onde começar é algo natural. Assim, muita gente acaba se inscrevendo em inúmeros cargos esperando algum dar certo. Esse é um erro corriqueiro e pode ser o motivo para não encontrar uma chance. Focar em um objetivo e ir atrás dele é a melhor estratégia.
Alguns estudantes têm visto determinadas exigências das empresas como um impedimento. Letícia aponta como o peso de alguns pré requisitos anula o conhecimento em outros. “Sinto falta de um filtro por parte das organizações, algo para chamar a atenção dos tópicos mais relevantes para a contratação, além de uma procura por domínios específicos não adquiridos somente com a faculdade, ou coisas não necessariamente cruciais para determinadas funções. Vejo muitas divulgações mal descritas. As pessoas se registram mas não sabem ao certo as atividades a serem realizadas”, comentou.
Posto isso, Gabriela Soares Almeida, da supervisão de consultoria do Nube, identificou os maiores empecilhos vistos na maioria dos candidatos. “A falta de conhecimento sobre a vaga, é um fator corriqueiro. Por exemplo, é comum acontecer de, para atribuições em uma área de atendimento, aparecerem pessoas menos comunicativas, com gosto para atuar em segmentos mais administrativos, onde não é preciso se relacionar com o público. Por isso, entender sobre a jornada e ver se ela está dentro da procura, é fundamental para ter um bom desempenho”, explicou. Os erros de português, juntamente com vícios de linguagem, uso excessivo de gírias e falta de iniciativa, também são frequentes. Assim sendo, um release publicado no nosso site mostra o domínio da língua portuguesa como o maior obstáculo para grande parte dos jovens, sendo o motivo de um baixo desempenho.
Um bom currículo: faz a diferença?
Um bom método de apresentação é uma ótima escolha para causar evidência, como diz o ditado “a primeira impressão fica” e quando se trata do mercado de trabalho, isso não é diferente. A construção de um currículo bem estruturado e elaborado da maneira correta pode contar muitos pontos na hora da tomada de decisão em uma companhia. O Nube disponibiliza em sua página um curso gratuito, on-line e rápido, com ensinamentos básicos para essa preparação.
Entretanto, nem tudo se baseia no contato inicial, Gabriela frisa como o entusiasmo, brilho no olho e a vontade de fazer parte daquele ambiente são fundamentais. “Competências e habilidades podem ser desenvolvidas, mas o interesse e o comprometimento, não”, complementou.
Letícia também deu sua opinião sobre o assunto. “Um CV (curriculum vitae) bem feito nem sempre pode causar total efeito. Com a utilização de plataformas com foco nisso, ou mesmo o próprio Linkedin, muitas vezes isso nem é solicitado”, relatou. Logo, o autoconhecimento é colocado como uma questão crucial para se destacar em um processo seletivo. “Saber quais são os seus talentos, pontos fortes e de melhorias, ajudará o entrevistador a te conhecer melhor e você também conseguirá utilizar esses pontos ao seu favor no momento de vender a sua imagem”, comentou a supervisora.
Conselhos para não passar aperto
A busca por um primeiro contato empregatício é difícil. Pensando nisso, Gabriela deu algumas dicas de como enfrentar essa fase sem passar aperto:
- Estude a oportunidade e a empresa na qual você foi encaminhado. Esse é o primeiro passo porque geralmente em algum momento do processo o entrevistador vai querer entender o interesse do candidato, tanto na função, quanto na empresa.
- Trabalhe a respiração. Visando um foco em conseguir administrar melhor o nervosismo, demonstre interesse e tenha bem definido quais são seus pontos fortes e de melhorias.
- Fale com calma. Ao se comunicar, preste atenção no português e evite o uso de gírias. Uma boa escolha é montar uma apresentação pessoal e treinar na frente do espelho ou se apresentar para algum amigo. Assim, no momento certo você se sentirá mais confiante.
O papel de um agente de integração
Conseguir uma boa vivência de aprendizado é o primeiro passo para uma carreira de sucesso. Saber onde encontrar chances como essas é fundamental e um agente de integração pode ajudar bastante nessa missão. Desse modo, o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágio) é uma porta de entrada. No ramo desde 1998 e detentor de um sistema de tecnologia da informação único no país, especializado particularmente na colocação de pessoas, a instituição já inseriu mais de 1,1 milhão de estagiários e 34 mil aprendizes. Sua atividade consiste em intermediar a relação do candidato com a organização e, assim, encontrar a melhor opção para ambos.
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