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O poder da diversidade no mercado de trabalho 

Notícia | 30/06/2022

Giovanna Cavalli

A diversidade e inclusão (D&I) ainda impactam todas as esferas da sociedade, tais como os serviços sociais, educação e o mercado de trabalho, etc. Por isso, a desigualdade deve ser debatida constantemente nas empresas e nas rodas de conversa se quisermos finalmente vencer o preconceito. Logo, estagiários, aprendizes, efetivos e gestores precisam evidenciar essa pauta.

A luta continua

O princípio básico do assunto nasce na gestão de pessoas, afinal, sem profissionais com perfis diferentes não existe diversidade. Concorda? Conforme estudo recente feito pela empresa global de consultoria organizacional Korn Ferry, apenas 37% das empresas brasileiras têm orçamento para isso separado.

Contudo, já é um avanço, pois ao analisar esse cenário e compará-lo com alguns anos atrás, tal orçamento não existia e tinha de ser retirado de alguma outra ação do departamento de recursos humanos (RH). Ou seja, há motivos para celebrar e inspirar a potencializar as estratégias.

Para o especialista em ética e diversidade e CEO da Condurú Consultoria, Deives Rezende Filho, para implementar, de fato, a D&I dentro das empresas é necessário dedicar tempo e dinheiro a isso. Somente assim é possível alcançar resultados para o negócio no momento atual e, consequentemente, no futuro.

“Mudar as políticas no mundo corporativo exige um processo de transformação na cultura institucional. Sempre vejo líderes sem saber como agir porque enxergam essa missão como algo muito complexo de mudar, uma questão tão enraizada”, diz o dirigente. Todavia, dá para mudar essa conjuntura com treinamentos e metas. “A informação é importante para dar legitimidade. Sem uma estrutura planejada não se consegue gerar o impacto necessário para promover a revolução”, explica.

Colaboradores de empresas diversas são mais felizes

Segundo pesquisa da consultoria McKinsey, companhias mais comprometidas com essa questão têm resultados financeiros relativamente maiores se comparadas às organizações “não-diversas”. O resultado revela a diferença de até 48% no desempenho entre elas.

Sendo assim, é fundamental saber, exatamente, como executar as medidas de mudança organizacional. “Não faltam candidatos competentes, o problema é como essas pessoas, muitas vezes, ficam invisíveis. Porém, basta procurar para encontrá-las, pois são competentes e preparadas para assumir postos até de liderança”, finaliza Rezende Filho.

Como ser uma empresa múltipla na prática?

Nesse sentido, com mais de 30 anos em vigência, a Lei de Cotas tem sido a maior porta de entrada de pessoas com deficiência (PCDs) no mundo laboral, por exemplo. Apesar disso, segundo dados do Ministério do Trabalho, 46,98% das entidades brasileiras ainda não a cumprem.

De acordo com a análise “RAIS 2019”, apenas um por cento desse grupo está formalmente empregado. Com base nisso, a CEO do Grupo Talento Incluir, Carolina Ignarra, destacou algumas atitudes para as marcas tornarem seus processos seletivos (PS), por exemplo, mais inclusivos. Veja:

1. Alinhamento do perfil com as lideranças - essa é uma conduta essencial para engajar as equipes e principalmente, impedir comportamentos capacitistas. Afinal, para uma gestão inclusiva e qualificada é imprescindível ouvir os indivíduos, entender as necessidades e a rotina da área, esclarecer as dúvidas e orientar todos.

2. Não escolher deficiência - durante a seleção, algumas corporações realizam inclusão apenas por imposição da legislação e não por convicção. Sendo assim, muitas vezes, tendem a “escolher” concorrentes com deficiências “imperceptíveis”. Contudo, é preciso ter em mente: o foco sempre foi e continua sendo nas competências e não no tipo de dificuldade.

3. Não escolher profissionais pelo marcador social - deve-se recrutar, avaliando o preenchimento dos pré-requisitos da vaga, ou seja, por estar adequado ao perfil e propósito da entidade e não pelo marcador social.

É comum, por exemplo, encontrar oportunidades direcionadas, isso é positivo, mas vale reforçar: PCD não é um cargo. Antes da sigla, vem a pessoa e a terminologia correta é “pessoa com deficiência” e, nesse caso, a oportunidade deve ser oferecida alinhando competências e habilidades.

4. Processo exclusivo para PCD’s - ter um PS padrão só funcionaria se todos os sujeitos fossem exatamente iguais. Para realizar algo múltiplo é preciso ter uma estrutura acolhedora com materiais, metodologias e tecnologias com acessibilidade. Também é fundamental a qualificação dos aplicadores para deixar os vieses inconscientes de lado.

O capacitismo estrutural ainda impede desses profissionais serem avaliados e selecionados, resultando em um menor engajamento entre o time com possibilidades não exclusivas. Tais inclinações e preconceitos dos gestores, os quais em grande maioria optam por quem não tem deficiência, diminui as candidaturas dos PCD 's às posições porque já se auto reprovam previamente.

5. Acompanhamento dos contratados - D&I não fica apenas na contratação, a companhia deve acompanhar de perto e oferecer desenvolvimento e plano de carreira. “O PS é uma etapa de extrema relevância e expõe o nível de maturidade da cultura organizacional. Ser verdadeiramente inclusivo é oferecer acessibilidade desde o recrutamento, vai muito além de cumprir a lei. O melhor termômetro para avaliar a intenção e o comportamento da entidade é com o conceito ESG. Logo, é dar continuidade na jornada laboral de quem for o escolhido”, declara Carolina.

O Nube apoia a diversidade

Esse é um mês também dedicado a pensar no assunto, muito além das necessidades da comunidade LGBTQIA+, trata-se de humanidade! O Nube valoriza a diversidade e por isso, foi convidado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) a fazer parte do pacto social para ampliar a inserção de jovens universitários negras e negros no mercado, por exemplo. Além disso, existe um incentivo à inclusão de gênero com vagas de estágio direcionadas.

Portanto, a adaptação aos novos contextos é fundamental para manter uma marca admirada e reter bons talentos. Por isso, acabar com as discriminações é uma necessidade humanitária, independentemente do ambiente, setor, ocupação e etc. Afinal, somos todos seres humanos.

Assim como essas ações, quebre suas barreiras e desenvolva sua mente. Para isso, acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Dessa forma, você se mantém atualizado e ainda se destaca no universo corporativo. Conte com o Nube!

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