Nossos históricos dizem muito sobre quem nos tornamos. Ter escutado muitos “nãos” na infância pode ser um fator de um comportamento “liberal” demais na adolescência? Como isso reflete no quesito profissional? Uma coisa é certa: para tudo na vida é preciso equilíbrio. Então, estagiário e aprendiz, continue lendo e entenda melhor sobre o assunto.
Mude!
A forma como nos posicionamos hoje, diz muito sobre quem fomos quando crianças. “Quando, em nossos relacionamentos, o parceiro descobre como pode ganhar todos os seus ‘sim’ por justamente ver a sua falta de coragem em negar, certamente essa interação será baseada em submissão e medo”, exemplifica a psicóloga Deise Moraes Saluti. Isso se estende para todas as esferas da vida.
Segundo a especialista essa dominação está ligada à ideia de abandono e, por esse motivo, tenta-se suprir todas as necessidades do outro mesmo sendo prejudicado. No trabalho isso acontece pela apreensão de ser demitido e acaba gerando sobrecarga de serviços, estresse e até mesmo Burnout.
Então, recusar atividades e delegar tarefas é dizer sim para você. Dessa forma, se constrói uma relação mais saudável para todos. Ou seja, as pessoas podem aprender coisas novas e, ao mesmo tempo, cuida-se da saúde emocional mutuamente. Nesse sentido, Deise elencou algumas dicas para lidar com as inseguranças e melhorar esses processos. Veja:
1 - Comece a opor-se a situações e negociar ideias, se perceber um conflito, saia dessa convivência, cargo ou amizade pois trata-se de interesse. Contudo, faça isso com prudência e discernimento;
2 - “Dizer ‘não’ pode te ajudar a não se comprometer, principalmente, com compromissos os quais não está pronto a assumir”, diz a psicóloga. Sendo assim, peça ajuda, certamente aprenderá muito mais com a circunstância e estará preparado para a próxima;
3 - Aceitar imposições só pra agradar é um caminho sem volta. Por exemplo, ao iniciar em um estágio já dizendo “sim” para tudo, gerará um caminho sem volta com o seu gestor. Por isso, desde o princípio pergunte, se posicione e explique sua realidade, com o diálogo, os dois irão se alinhar da melhor maneira. “Sabendo se colocar, os indivíduos vão te respeitar mais e te admirar. Isso é mostrar segurança e maturidade”, finaliza Deise.
Além disso, apesar de pensarmos em uma conversa só por meio da fala e escrita, os gestos, olhares, tom de voz e outros modos de comportamento são maneiras de transmitir uma informação também. Somente de 7 a 10% da nossa interação é de forma verbal, o restante é não oral.
A empresa deve olhar para a comunicação também
Esse assunto é muito relevante e ganhou mais espaço dentro das organizações devido à pressão da pandemia. Indo de encontro com esse movimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar a Síndrome de Burnout como doença do trabalho, inclusive. “Sendo assim, a comunicação interna nas companhias deve continuar investindo em uma integração transparente, construindo e mantendo conexões de confiança com o colaborador”, explica o CGO do Dialog.ci, Gabriel Kessler.
Para ele, a área deve manter em seu radar a importância do cuidado com o bem-estar intelectual. Contudo, lembre-se: “fazer só por fazer” não leva a nada. Inclusive, dentro do mundo corporativo, isso só vai desperdiçar tempo e recursos. Então, para expandir a cultura organizacional é necessário voltar o olhar aos pilares do empreendimento com humanização: os talentos.
Portanto, adapte-se! Continue acompanhando nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de grandes especialistas. Assim, você se mantém alinhado às novas necessidades do universo laboral e se destaca. Conte com o Nube!