Diversos profissionais perderam o emprego nos últimos anos, contudo, muitos optaram por sair de suas posições de forma espontânea, instigados pelo desejo de um novo estilo de vida ou pela vontade de abraçar outros projetos. Tal movimento ficou conhecido como Great Resignation. Portanto, estagiários e aprendizes fiquem atentos às novas tendências.
Perceba os sinais
Segundo a consultora organizacional, coach executiva e professora de MBAs da FGV/SP, Caroline Marcon, esse período permitiu novas vivências e formatos. “As dolorosas perdas possibilitaram refletir sobre a impermanência da vida. Ter de lidar com o desconhecido (o vírus e suas consequências) desencadeou muita fragilidade e ao mesmo tempo muita coragem”, relata.
Assim, de acordo com ela, muitos abraçaram a mudança de estilo e resolveram dar uma guinada em suas carreiras. Logo, ela recomenda uma reflexão profunda e criteriosa, prestando bastante atenção a cinco sinais. Veja:
- Sentir-se fora da realidade ao retornar ao presencial, com a cultura corporativa, as pessoas e o escopo de trabalho;
- Finda o dia de serviço e vocês se sente sem energia e subutilizado;
- As principais lideranças da corporação não são inspiradoras, não te despertam a vontade de se tornar um deles;
- Você e a entidade estão em direções opostas, não se conectam mais, nem compartilham a mesma visibilidade de futuro e valores;
- Tem a impressão de estar vivendo no passado, exaltando conquistas realizadas anos atrás. Não está aprendendo, nem sendo desafiado.
Antes de tomar qualquer decisão, é preciso ponderar. “É natural uma resistência inicial, pois formamos novos hábitos nesses anos de pandemia”, diz a consultora. Para ela, são necessários no mínimo três meses. “É um viés de confirmação. Buscamos na realidade evidências para sustentar o nosso pensamento. Por isso, demorar bastante na decisão é significativo. Só assim é possível discernir entre o descontentamento duradouro e o passageiro”, complementa.
Tome a decisão com cuidado e convicção
Sobretudo, o essencial é ter cautela. “Idealmente, os processos de transição são uma iniciativa planejada pelo próprio indivíduo e, por isso, devem estar fundamentados em uma visão otimista de futuro, uma mudança para melhor”, diz Caroline. É aconselhável sair apenas se não houver mais alternativas “brilhando os olhos”.
Segundo a coach executiva, é fundamental compreender a própria parcela de responsabilidade no sentimento de frustração. Para isso, além de avaliar como se sente, é importante também o colaborador solicitar um feedback para o líder, equipe ou colegas. “Ele precisa estar disposto a fazer a sua parte para não repetir os mesmos padrões de comportamentos nos próximos desafios”, conclui.
Ainda, para a advogada e especialista em direitos humanos, Mayra Cardozo, uma transformação desse tipo deve ser feita de forma responsável e confiante. Confira:
1. Faça uma lista das coisas positivas e negativas na função atual - “essa descoberta é de extrema relevância para enxergar o cenário como ele realmente é no papel”, diz Mayra.
2. Descubra seus valores - “passamos grande parte do dia trabalhando, por isso deve ser um lugar no qual suas crenças são respeitadas”, salienta.
3. Compreenda suas forças - “Fomos socializadas para respondermos a um padrão e somos constantemente cobrados para tentar mitigar essa perspectiva. Com isso, deixamos de valorizar nossas habilidades”, explica a especialista.
4. Estabeleça uma política de limites - “é valioso ter isso claro na construção do próprio negócio ou entrevistas. Por exemplo: se para você atuar aos sábado é algo inconcebível, isso deve estar na sua política e, ao transacionar, não deve considerar essas opções“, conta a advogada.
5. Desenhe a sua rotina perfeita - “ou seja, abrangendo todas as fontes de amor e atividades prazerosas. Diante disso, busque por lugares e opções as quais seguem esse lifestyle”, complementa.
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