De acordo com pesquisa encomendada pelo Itaú Educação e Trabalho e pela Fundação Roberto Marinho, realizada pelo Plano CDE, a maioria dos jovens não sabem do ensino técnico. Essa é uma informação impactante, pois só quem já ou é estagiário ou aprendiz sabe o valor dessa experiência, muitas vezes conquistada por estar cursando esse nível de ensino.
Os jovens querem se qualificar
Assim, grande parte dos respondentes (77%) disse ter baixo ou nenhum entendimento sobre o nível técnico mas, ao mesmo tempo, 69% revelam alta ou muito alta a possibilidade de cursá-lo caso tivessem a chance. Além disso, 93% concordam sobre a possibilidade de ter a etapa de profissionalização nas escolas básicas para todos os interessados. Essa educação é uma das saídas para a diminuição do alto índice de 12 milhões de brasileiros desempregados, conforme dados do 4º trimestre de 2021, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os acadêmicos também demonstraram valor em ingressar no mundo corporativo cedo, por meio do estágio ou da Aprendizagem. Para 83% deles, essa instrução poderia ajudar a conseguir uma vaga e 98% acham importante a instituição capacitá-los para o universo laboral. Ainda, para 56% esse ensinamento facilitaria também a entrada na faculdade.
Para o candidato à presidência do Conselho Federal de Técnicos Industriais (CFT), Marcelo Cestari, o setor atua na base econômica e estrutural do país e tem ainda um amplo mercado de trabalho a ser explorado por talentos habilitados. “Cerca de 20,4% das posições formais no país são técnicas e esse índice poderia ser ainda maior. Contudo, o desrespeito às nossas prerrogativas qualificadoras causa uma série de impactos negativos”, pontua.
Consequências da desinformação
Um desses efeitos é o achatamento do valor da remuneração devido à chamada “concorrência desleal”, muito comum porque pessoas atuam ilegalmente ou irregulares prejudicando a sociedade e quem atua dentro da legalidade e devidamente registrado. “Esse desrespeito desanima a moçada a procurar cursos capacitadores”, destaca o candidato.
Além disso, de acordo com ele, são necessárias mais políticas de apoio para esse ensino. “Ainda não temos muitos incentivos públicos voltados para o desenvolvimento do empreendedorismo na área industrial”, expõe. Em países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca de 48% dos estudantes do nível médio fazem educação profissional.
Já no Brasil, a taxa de adolescentes em busca desse conhecimento cai para 10%. “Isso é uma demonstração clara do baixo estímulo na categoria. Enquanto entidade representativa de classe, para mim, o conselho deve atuar de forma enfática nessa questão”, complementa Cestari.
As mudanças constantes no mercado de trabalho, com a chegada da chamada Indústria 4.0, também conhecida como a 4ª Revolução Industrial, trazem uma nova perspectiva da urgência de aperfeiçoamento, a qual trará efeitos diretos sobre os negócios. “Tivemos grandes desafios vencidos como o reconhecimento da profissão e agora estamos lidando com essa conjuntura magnânima envolvendo toda uma modificação na forma de trabalho. Precisamos vencer os obstáculos para continuar prestando um serviço de qualidade. Isso, mais uma vez, irá passar pela competência laboral da mão de obra”, destaca o aspirante à presidência do CFT.
As empresas podem ajudar
Não só o poder político pode agir, mas os empreendimentos também. Investir em práticas empresariais corporativas com foco em diminuir os impactos negativos das atividades econômicas no planeta nas questões ambiental, social e de governança (reunidos sob a sigla em inglês ESG) tem sido uma grande preocupação das corporações com veias inovadoras.
De acordo com o presidente da Brasil Startups, Hugo Giallanza, muitas companhias podem cumprir os protocolos de sustentabilidade do ESG a partir do Fundo Patrimonial e com isso estimular o amanhã e capacitar as novas gerações. “A proposta é qualificar rapazes em cursos técnicos alinhados ao futuro corporativo e assim suprir a carência de colaboradores técnicos os quais o ecossistema de inovação tem. Ademais, contribuir para redução da desocupação em decorrência da automação de áreas, pois as estimativas mundiais esperam em 2030 mais de 300 milhões de sujeitos parados fora da força laboral”, afirma.
Dicas para conquistar uma posição no mercado
Portanto, é preciso apostar e ajudar a juventude. Com base nesse cenário, listamos algumas dicas para ajudar os estudantes na conquista de uma vaga, seja a primeira oportunidade ou não. Veja:
Cadastre-se no Nube - o Núcleo Brasileiro de Estágios é uma das maiores corporações privadas de colocação de jovens no mundo laboral. É possível se cadastrar no site, gratuitamente, para receber no e-mail as posições compatíveis com o perfil.
Faça uma pesquisa prévia sobre a empresa e o cargo desejado - com o nome da organização aspirada em mãos, acesse o site, suas redes sociais e principalmente a página no LinkedIn. Essas mídias costumam divulgar as vagas abertas e contatos. Além disso, esse já é um passo importante para conhecer a entidade, sua missão, visão e valores, etc., informações significativas para um pré-entrevista.
Atente-se ao currículo (CV) - ao montar o documento de apresentação, quem não tem vivências práticas pode pegar outros caminhos como destacar mais saberes relevantes da trajetória acadêmica - formações, habilidades e experiências extracurriculares. Sobretudo, um diferencial é descrever as competências adquiridas ao longo desse trajeto e até de voluntariados.
Estude para aprimorar seus conhecimentos - nesse sentido, o Nube possui alguns EADs gratuitos com direito a horas complementares. Os temas podem auxiliar na administração do tempo, na criação do CV, comportamento em processos seletivos e até no desenvolvimento da oratória em público.
Tem mais: a plataforma multi-idioma e multicanal, Lingopass oferece trilhas de aprendizagem com o propósito de fomentar o bilinguismo, a inclusão e a empregabilidade. Ela traz a imersão cultural em línguas estrangeiras, como inglês, espanhol e francês, bem como o português para estrangeiros. Tudo de forma on-line com uma metodologia adaptativa e analítica, identificando o perfil dos estudantes e garantindo interatividade e inovação.
Por fim, saber se adaptar às situações desfavoráveis e casuais e reverter isso em resultados positivos dentro das possibilidades é determinante. Não desista! Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Dessa forma, você se destaca no universo corporativo. Conte com o Nube!