Como um reflexo do dinamismo do cenário corporativo atual, o intenso ritmo do mercado exige dos colaboradores a atualização constante. Essa é uma dificuldade observada pelas empresas: segundo uma pesquisa feita pela Thomas Brasil, 89% das organizações estão dispostas a investir em treinamentos à distância para seus times, justamente por compreenderem a urgência de manter a evolução de seus quadros.
Conheça o Lifelong Learning
Por trás dessa necessidade, surgem novas técnicas de formação corporativa, como o Lifelong Learning. Essa tática trata-se da aprendizagem ao longo da vida ou educação continuada, abordando a necessidade dos indivíduos estarem sempre estudando e se desenvolvendo.
Além do campo educacional, no setor organizacional, o conceito tem sido adotado para incentivar o fortalecimento de uma cultura responsável por valorizar a obtenção de novos conhecimentos entre as equipes. Projetos on-line baseados nessa abordagem podem-se aplicar às mais diferentes áreas, para aprimorar diversas habilidades.
A Voxy, por exemplo, é focada em suprir a carência de funcionários no domínio de inglês. Essa característica é fundamental principalmente em companhias com aparatos tecnológicos avançados ou multinacionais. Segundo a head of revenue growth da marca, Eliane Iwasaki, existem muitos benefícios ao destinar parte dos recursos financeiros e de tempo da entidade nessa modalidade de instrução. “Investir em lifelong learning significa aplicar no aprimoramento pessoal e profissional”, conta.
Assim, a especialista ainda destaca como a iniciativa também auxilia no posicionamento da instituição entre a competitividade, garantindo uma nova percepção dos resultados. Dessa maneira, a ferramenta atua “formando equipes capazes de se destacar dos outros concorrentes e solidificando o espaço da empresa no mercado”.
Por meio de uma plataforma baseada nesse conhecimento, o empreendimento pode criar canais nos quais suas staffs podem interagir e discutir os conteúdos aprendidos. O protagonismo, nesse sentido, dentro de um grupo tende a ser mais natural e prazeroso, engajando a todos na busca por aperfeiçoamento.
Por que utilizar essa tática?
Monique Silva, estudante de RH, quer estagiar justamente na área de desenvolvimento de pessoas. “Antes de entrar na faculdade, já trabalhei em um lugar onde havia esse tipo de posicionamento e dali surgiu meu interesse em atuar com recursos humanos, porque vi muitos benefícios”, conta.
A vontade de auxiliar e capacitar os outros é sua principal motivação. “Entrei no curso no meio do ano passado e estou à procura de uma vaga”, conta. Seu principal desejo é poder fazer a diferença. “Não quero me contentar sendo ‘meia-boca’. Serei a melhor dentro da minha área”.
De acordo com uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2021, 79% dos profissionais preferem as opções virtuais para construírem ou favorecerem qualidades para o labor. Por sua vez, eles são motivados principalmente pelas possibilidades de adaptar o momento de explorar os tópicos entre as demais tarefas do dia a dia.
De encontro com a demanda, uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company, apontou: nove em cada dez gerentes já sofrem com a escassez de habilidades em algumas profissões. Além disso, cerca de 87% das instituições não possuem o talento necessário para lidar com os desafios do futuro. Afinal, conforme dados do Fórum Econômico Global, até 2025, pelo menos 50% das pessoas vão precisar aprimorar novas características para se manterem relevantes às contratantes.
Dessa forma, o primeiro passo é mapear as equipes carentes desse tipo de investimento e quais são os domínios mais ausentes, os quais devem ser aplicados. Com a possibilidade de personalização, é possível treinar cada colaborador de acordo com sua necessidade específica.