O ano mudou, mas a saga dos milhões de brasileiros desempregados e jovens em busca de inserção no mercado de trabalho continua. A busca não é nada simples: a recessão econômica e a permanência da pandemia mantém o país andando a passos lentos. Os jovens em busca de estágio ou aprendizagem sabem bem da dificuldade.
Passos efetivos
Em contrapartida, o último ano potencializou o home office e isso é um sinal de esperança, pois abre espaço para contratações a distância. Nesse sentido, o candidato precisa estar bem preparado para o momento da entrevista. “Com as mudanças no cenário, é importante procurar saber quais as possíveis melhorias no indivíduo para facilitar o retorno ou entrada no mercado”, conta o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Serviço de Apoio Administrativo (Abrapsa), Manoel Valle.
Sendo assim, elencamos algumas dicas para ser um concorrente bem preparado e se destacar nos processos seletivos pela frente. Veja:
1 - Áreas mais procuradas
O setor de tecnologia da informação e saúde estão em evidência no mercado. “É interessante para quem procura emprego tentar fazer cursos nessas áreas, se qualificando para processos seletivos os quais serão mais abundantes neste ano e nos próximos”, aponta Valle. Todavia, não é necessário uma mudança brusca de carreira, também há uma tendência mundial no aumento da oferta em companhias relacionadas a e-commerce e logística, as quais apresentaram grande crescimento durante o isolamento social.
Contudo, é importante ponderar bem as escolhas. “Idealmente, os processos de transição são uma iniciativa planejada pelo próprio profissional e, por isso, devem estar fundamentados em uma visão otimista de futuro, uma mudança para melhor”, diz a consultora organizacional, coach executiva e professora de MBAs da FGV/SP, Caroline Marcon. Logo,o sujeito deve decidir sair de onde está apenas se não houver mais “brilho nos olhos”: abertura para melhorias do seu interesse.
2 - Flexibilidade
Muitas vezes, uma oportunidade de cobrir férias ou atender determinada demanda pode ser uma chance de efetivação. “As posições temporárias são capazes de solucionar o problema de quem busca vagas com pouca experiência no currículo”, afirma o presidente da Abrapsa. Segundo a Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem), até agosto de 2021, foram 1,7 milhões de admissões desse tipo, um crescimento de 31,5% comparado ao mesmo período do ano anterior. Logo, é preciso saber aproveitar as possibilidades.
3 - Soft skills
Os recrutadores procuram alguém com capacidades além de Excel, pacote Office e inglês básico. É necessário se atentar às soft skills, competências interpessoais como resiliência, originalidade, criatividade e conexão com pessoas. “Esses talentos tendem a ser ainda mais valiosos com o avanço da high tech, pois são impossíveis de automatizar e se provaram imprescindíveis com as dificuldades da pandemia”, reflete o especialista.
Sendo assim, nas entrevistas, além de dar exemplos de habilidades técnicas e experiências, mostre características de autogestão, dinamismo e comunicabilidade. “É mais útil o autoconhecimento para desenvolver estas skills ao invés de treinar respostas batidas”, finaliza Valle.
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