Os últimos anos foram complicados e desafiadores para as empresas com a adoção repentina do home office. O tempo foi passando e as entidades flexibilizaram um pouco seus modelos aderindo ao hibridismo também. Contudo, dadas as informações recentes e alarmantes, sobre novas cepas e vírus, estuda-se a retomada do teletrabalho mais rígido. Será?
Cuidado com a cultura organizacional
Para além das atuais infestações, mulheres e pessoas com filhos já ansiavam pela manutenção do formato. Segundo estudo da UCL, são necessários 66 dias em média para transformar um hábito em rotina. Há mais de um ano de atuação remota, brasileiros gostam dessa realidade e pretendem mantê-los.
Todo esse cenário força as organizações a repensarem sua cultura organizacional e mudarem, de uma vez por todas, técnicas ultrapassadas de microgerenciamento, comando e controle de pessoas, dando lugar à confiança e à liderança para engajar colaboradores na rotina. Então, quem ainda não se modernizou nesse sentido, precisa correr.
Essa é a forma como as companhias conduzem seus negócios, sendo um conjunto de características como hábitos, crenças, valores, atitudes e símbolos, os quais determinam o comportamento do time. Uma base bem definida, melhora a produtividade, diminui o absenteísmo e reduz a rotatividade no ambiente laboral. Ou seja, é o fator chave para o sucesso na transição do escritório para as casas.
“Investir nisso é olhar com mais cuidado para as pessoas para elas se sentirem mais conectadas e pertencentes à entidade. Os líderes são os responsáveis por influenciar em até 70% os níveis de engajamento. Por isso, é necessário potencializar a comunicação efetiva, conexão interpessoal, rituais, cerimônias, mas também mais autonomia ao contratado”, explica a CEO da Kultua, Lívia Brandini. Isso é essencial!
De acordo com o estudo da Salesforce, “Série Global Stakeholder – O Futuro do Trabalho, Agora”, 52% dos funcionários estão dispostos a mudar de emprego para manter tal maleabilidade. Ainda conforme Lívia, as pessoas querem, cada vez mais, ter relações mais saudáveis, se sentir pertencentes e valorizadas em suas áreas.
É preciso se arriscar e inovar
Com o home based, os cooperadores ainda estão aprendendo a lidar com distrações, interferências familiares, dificuldades em gerenciar o tempo e conciliar o serviço com a vida pessoal. “Vivemos a era do propósito e das pessoas. Instituições engessadas com o foco apenas no lucro estão sendo deixadas pelos talentos, parceiros, investidores e perdendo clientes gradativamente. Todos querem estar em organizações não apenas com conduta forte, mas positiva e atenta”, comenta a dirigente.
Logo, essa não é uma missão impossível, mas requer o entendimento dos “cabeças” sobre quais os aspectos críticos devem ser modificados. “Muitas corporações fracassam quando tentam mudar vários atributos de uma vez, sem uma estratégia. Uma transformação completa de uma grande marca pode levar de três a sete anos”, afirma Lívia. Então, seja cauteloso e não se precipite nas medidas.
“A necessidade de inovação nunca foi tão relevante para um cenário de recuperação pós-pandemia. As empresas precisam estar atentas para acompanhar com novas soluções, produtos e serviços”, afirma a CEO de insights da Kantar Brasil, Valkiria Garré. Inclusive, o distanciamento social foi uma regra imposta nesse tempo e muitos indivíduos (74%) mesmo com o fim da quarentena querem continuar seguindo essa recomendação e evitando lugares lotados.
Portanto, o primordial é dar o primeiro passo e se moldar. Para isso, mantenha-se sempre atento e informado. Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de grandes especialistas. Conte com o Nube!