Quantos livros você lê ao ano? A resposta varia para cada pessoa. Há quem termina uma obra ao final de 365 dias, como também existem os consumidores ávidos, passando de dez exemplares. Inclusive, tem até quem não lê nada. Contudo, uma boa notícia para quem entende as vantagens desse hábito: o número de leitores cresceu no Brasil. Isso é ótimo para o desenvolvimento e outras características profissionais. Assim, se você é estudante, estagiário, aprendiz ou um profissional já atuante no mercado, investir nesse hábito vai abrir portas na sua carreira.
Dados comprovam interesse maior pela área
Para se ter uma ideia, de acordo com o 11º Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen BookScan, promovido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), as vendas desse segmento aumentaram mais de 33% em volume. O valor acumulado entre janeiro e novembro de 2021 também saltou 31,1% quando comparado com o cenário de 2020.
Em 7 de janeiro foi comemorado o Dia Nacional do Leitor no Brasil e, aparentemente, há um novo perfil de legentes por aqui, cada vez mais digital, com a prevalência das aquisições feitas no formato de e-books. A pandemia aqueceu a venda de tablets, e-readers e dispositivos móveis em todo o mundo. Houve uma alta de mais de 50% na procura por dispositivos eletrônicos no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Efeitos da crise sanitária
Os efeitos da crise sanitária também foram sentidos no crescimento da quantidade de matrículas para estudo totalmente ou parcialmente on-line em todo o mundo. Nos EUA, mais de seis milhões de americanos já optam pela forma cibernética de aprender. No Brasil, dados do último Censo do Inep/MEC mostram mais de 9,3 milhões de alunos matriculados na modalidade de estudo virtual .
Assim, é perceptível como a maneira pela qual as pessoas leem e aprendem está mudando rapidamente. “Há mais entusiastas pelo ambiente digital com tablets e celulares, em relação aos consumidores de livros físicos impressos. Registramos o maior número de cadastros no EaD. As pessoas estão identificando os benefícios do on-line. A Internet já rompeu com todas as fronteiras”, afirma Alfredo Freitas, especialista em educação e tecnologia, diretor da universidade americana Ambra University.
Educação também foi impactada
No mercado da educação remota há mais de 15 anos, Freitas pondera como a nova configuração para quem consome livros é uma realidade irreversível. Assim, instâncias geradoras de conteúdo devem seguir intensificando os investimentos para atender esse público. “Não há mais como retomar o modelo totalmente físico para leitura bem como o modelo presencial para o ensino. Agora, precisamos olhar para frente”, afirma Freitas.
Juliana Gomes, aluna de psicologia, ingressou na faculdade ano passado nesse formato virtual e conta as vantagens da investida. “Primeiramente, os custos são menores e isso conta muito para mim, porque não teria condições de arcar com o outro formato neste momento”, conta.
Vantagens impulsionam esse segmento
Além disso, a flexibilidade é outro ponto importante. “Posso fazer minhas atividades e assistir as aulas quando quiser e de onde eu puder. Isso conta muito, principalmente porque quero estagiar e sei da possibilidade de poder realocar minha agenda acadêmica de acordo com as vagas”, compartilha a universitária.
Embora haja um aumento significativo de alunos em idade universitária optando pela graduação desse estilo, Freitas destaca como uma boa parte dos alunos já são profissionais com outras carreiras. “Temos um movimento muito grande entre adultos, já com trajetórias consolidadas, em busca de formação complementar de forma remota. Esse fenômeno é um dos fatores responsáveis por impulsionar, rapidamente, o cenário de maior leitura no ambiente digital e também de matrículas para cursos”, conclui.
Você sabe a importância da leitura para a vida profissional?