O ano de 2021 chegou ao fim e, como nunca antes, torna-se fundamental avaliar quais ações deram certo e quais merecem melhorias para o ano iniciado há pouco. No ambiente de trabalho, por exemplo, muito se falou sobre a importância da diversidade no mundo corporativo, indo desde vagas de estágio e aprendizagem, até mesmo dos cargos de gerência das companhias.
Por onde começar ainda é uma dúvida para empresas
Contudo, como aplicar, de fato, uma cultura organizacional mais plural em 2022? "Além de falar sobre isso, é preciso promover a inclusão nas empresas. Muitas companhias entendem esse novo momento, mas nem sempre sabem como ou por onde começar", pontua Carine Roos, CEO e fundadora da Newa .
Ações para avançar nas práticas de diversidade
Segundo estudo divulgado pela DDI, instituição de análise e pesquisa, junto da Ernst & Young (EY), as marcas, quando apostam em valorizar as diferenças em seus quadros de colaboradores, têm um aumento de 30% em seus lucros. Pode até parecer pouco, mas é um salto gigantesco, inclusive para evitar instabilidades advindas de eventuais crises.
Inovação também é favorecida
Mariana Moreira, estagiária de administração, é um exemplo de quem se sente favorecida de estar em um contexto acolhedor às mais divergentes realidades. “Eu atuo em um time com quase 20 pessoas completamente distintas de origens, etnias, orientações e isso me ajuda a ver o mundo sobre outras óticas”, conta.
Equidade de gênero no mercado de trabalho
Para ela, toda organização deveria se preocupar com isso, não apenas pela questão social, como também pela cultura interna. “Só conseguimos enxergar as perspectivas dos clientes se ele se vê representado na nossa marca, então é vital se atentar a isso. Um aprendizado a ser levado para o resto da vida”, diz a universitária.
Pensando nisso, a Newa traz dicas para promover uma cultura organizacional mais diversa. Veja:
1 - Ambiente: tente olhar para dentro do local físico de trabalho e ver se esse cenário está adequado para receber pessoas com deficiência, por exemplo.
2 - A mudança nas lideranças: colocar cada vez mais mulheres e grupos minorizados em posições de gestão, fazendo suas bagagens e perspectivas serem respeitadas para colaborarem na tomada de decisões.
3 - Treinamentos sobre esse tópico: capacitações acerca desses tópicos deveriam ser obrigatórios. Entender os públicos é de extrema relevância.
4 - Estímulo: colaboradores precisam se sentir incentivados para compreenderem seus papéis nas companhias. Assim, traçar metas respeitosas e mostrar para os membros dos times o quão imprescindíveis eles são para a empresa é fundamental.
5 - Conexão: o acolhimento e o cuidado deve ser trabalhado diariamente e a longo prazo com as equipes em geral. Todos os profissionais, independentemente de qualquer fator ou posição na empresa, merecem conversas individuais e a criação de intervenções para maior conexão com o grupo, além de feedbacks. Em uma realidade onde não há segurança psicológica não há aceitação.
Preconceito contra gays ainda é desafio
A pandemia virou o mundo de cabeça para baixo e, com um cenário de recuperação se consolidando, ignorar esse campo pode ser uma estratégia arriscada. Um levantamento desenvolvido pela revista Forbes aponta a estratégia de equidade como um dos principais impulsionadores da criação de um ambiente inovador. Esse fator é indispensável, principalmente em circunstâncias como a vivida atualmente, afinal, ainda nos recuperamos de um cenário desafiador.