Ser feliz é o objetivo da humanidade, independentemente de qual seja a meta de vida. As pessoas nascem, crescem e o seu desenvolvimento a partir daí é voltado para esse propósito: ser, de algum modo, satisfeito com o seu ganha pão. Nesse processo, muita gente tem a chance de fazer um estágio ou aprendizagem e, realmente, decidir sua profissão.
Seguindo o coração
Segundo pesquisa do Nube com mais de 26 mil jovens, 36,41% acreditam na importância de ser realizado com a atuação laboral. Isso é diferente de ter o foco na remuneração. “Pensar apenas no salário pode trazer muitas frustrações porque apesar de ser fundamental para o nosso entusiasmo, é uma parte pequena quando pensamos em um mês todo desempenhando algumas atividades”, alerta a analista de seleção do Nube, Vitoria Ribeiro.
Nesse sentido, o contento em relação a isso, envolve um conjunto de fatores como a identificação com as tarefas, a perspectiva de crescimento, entre outros. “O retorno financeiro é apenas um desses pontos, se avaliarmos apenas ele, as chances de decepção são grandes”, continua.
Para o modelo Rafael Lourenço, a mudança foi prazerosa, mas está sendo tomada com cautela. “Sempre fui da área de decoração e até gosto. Contudo, surgiu a oportunidade de modelar e eu me aventurei, hoje, esse é o meu foco. Fico muito mais feliz e disposto agora”, conta.
Como saber se está na hora de mudar de área? “A desmotivação com a profissão pode trazer diversos sintomas: o estresse excessivo, cansaço além do esperado e queda na performance. Esses são os principais sinais da existência de algum problema a ser ajustado. Sobretudo, é significativo analisar minuciosamente como anda a sua saúde para entender se é o momento de buscar novos ares”, complementa a especialista.
Medo e cautela
Já 28,98% estão alegres com suas jornadas e não pensam em mudar. “É fundamental sentir-se confortável com o ofício. A construção de um caminho de sucesso depende, significativamente, da motivação”, diz Vitoria.
Ainda, para 19,86% dependeria de algumas circunstâncias, mas ponderariam. “Quando não nos sentimos bem em alguma atividade é notável traçar uma estratégia. É fundamental estar firme na decisão e para facilitar o processo, busque contato com outros para entender na íntegra o funcionamento dessa ocupação”, expõe a analista.
Em contraponto,12,72% consideraram fazer a alteração e contam com o apoio da família. No entanto, além desse auxílio, a busca por cursos complementares e conhecimento adicionais pode fortalecer esse momento. “Quando ingressamos em uma área ainda sem experiência, é valoroso buscar aprendizados para te destacar no mercado, como ferramentas utilizadas, outros idiomas e até mesmo aulas livres”, sugere a recrutadora.
Por fim, 2,02% não se sentem confortáveis em mudar, mas também não estão bem com a escolha inicial. Para Vitoria, esse medo é perigoso e pode desdobrar outras coisas. “Quando não nos sentimos engajados e motivados, o nosso rendimento cai muito, pois é bem desanimador. Isso gera diversos traumas como: oscilações constantes de vaga ou companhia, esgotamento e estafa excessiva em relação às ações exercidas. Tudo isso, pode gerar ainda mais desencanto”, finaliza.
“Dá medo a princípio, pois é uma coisa nova. Contudo, se pesquisar, conhecer o mercado e ir caminhando aos poucos não tem receio. O interessante é se sentir bem. Afinal, passamos mais tempo trabalhando em relação ao lazer”, conclui Lourenço. Ou seja, são processos.
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