No auge da globalização, existe a busca pela integração econômica, social, cultural e política. Contudo, ainda é comum a falta de preocupação com a igualdade de gênero. Embora essas pautas sejam comentadas e tenham evoluído em diversas vertentes, a ausência de mulheres em cargos altos ainda é uma realidade, infelizmente.
As mulheres no mercado de trabalho
Segundo a pesquisa Panorama Mulher, desenvolvida pelo Insper, 13% das empresas brasileiras têm CEOs femininas. Apesar do baixo índice, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor - GEM, o Brasil ocupa a sétima posição entre 42 países no ranking de proporção delas na liderança de novos empreendimentos.
No meio disso tudo, existem os exemplos positivos. É o caso da paulista Júlia Lazaro, sócia da Mitfokus. “Nunca tive uma causa ou uma bandeira, mas faço uma observação. Costumo dizer: não sou feminista, sou realista. Precisamos nos unir para sugerir transformações de estrutura e cultura nas organizações”, comenta a empresária.
Um estudo feito pelo instituto de pesquisa americano Brookings Institution revelou uma melhor capacidade das trabalhadoras. De acordo com os dados, as empreendedoras em potencial atingiram uma pontuação média de 48 pontos quando se leva em consideração habilidades e conhecimentos para preencher vagas no mercado. Enquanto eles, fizeram apenas 45 pontos.
“Penso muito em uma palavra atualmente: sororidade. Para mim, a união é necessária e essencial. Não sou contra os homens, nada disso. Contudo, faço questão de ter essas jóias na minha equipe. Por enquanto, vem dando certo, com esforço, planejamento, trabalho, otimismo e, claro, altas doses de inclusão e igualdade. Gostaria de ver mais meninas em altos cargos. Somos brilhantes e extraordinárias”, complementa Júlia.
De acordo com o Mckinsey Global Institute, a promoção da equidade de condições promoveria um incremento de cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Portanto, trata-se não só de respeito, mas também de um crescimento econômico deixado de lado por conta do preconceito.
As dificuldades das mulheres no emprego
Apesar de vermos uma mudança acontecendo, ainda existem alguns obstáculos para quem tenta gerir uma organização. Falta de tempo pela necessidade de uma jornada dupla, conciliando o negócio com os afazeres domésticos (33%) e a falta de uma boa gestão financeira separando as contas pessoais e a corporativa (33%), são algumas delas.
Conforme o levantamento "Percepções sobre a violência e o assédio contra mulheres no Trabalho", realizado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, pelo menos 76% das colaboradoras afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência ou assédio no emprego. Apenas 28% dos casos relatados tiveram consequências.
"Os dados são espelhos da assimetria entre gêneros na relação profissional. O cenário é agravado em tempos de crise, quando as amarras estouram e recaem sempre sobre os grupos mais vulneráveis", aponta a advogada Mariana Pacheco Sípoli.
Entre as principais formas de agressão relatadas, estão: humilhação, constrangimento, abuso de poder/confiança e assédio sexual (cantadas repetidas e frequentes/abordagem física/palavras maldosas/insinuações obscenas). “É apenas a reprodução e consequência direta da natureza violenta na sociedade civil”, destaca Mariana.
A pandemia foi responsável por uma ampliação na disparidade. A carga aumentou muito mais para elas, por conta do cuidado com filhos e tarefas domésticas, por exemplo. Mais de 70% das funcionárias relataram esse problema, contra 35% dos rapazes. Elas também tiveram mais redução de renda (56% contra 51%).
A vontade e a força feminina para vencer e conquistar seu espaço são gigantes e superam qualquer discriminação. Dessa forma, será cada vez mais comum vê-las comandando as companhias. Ainda bem, pois possuem características únicas e fundamentais para o sucesso do país.
Portanto, abra as portas do seu negócio para elas brilharem ainda mais. Essa atitude só trará bons frutos para você. Caso deseje contratar uma estagiária, entre em contato com o Nube. Será um prazer ajudá-lo nessa questão.