Pensando em um mundo pós-pandemia, as empresas precisaram se reinventar para manter seus colaboradores engajados. Para isso, parte delas tem investido na gamificação, ou seja, implementa técnicas de jogos para gerar motivação entre os pares. Marcas como iFood, Dasa, Votorantim, Hermes Pardini, Maersk, entre outras, já adotam a estratégia, com o intuito de levar saúde e qualidade de vida para seus times.
Assim, quais as principais características desse recurso? Como é possível implementá-lo? Segundo Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK, essa é uma forma lúdica de estimular e trazer leveza para as equipes, as quais, muitas vezes, encontram-se estressadas com as tarefas do dia a dia. “Games proporcionam interação, amizade, momento de descontração e incentivo, pois sempre deve haver uma premiação no final”, comenta.
Gamificação com instrumento de engajar equipes
Esse tipo de pausa faz parte da rotina do estagiário de TI, Igor Rodrigues. Em sua experiência, há mensalmente um encontro híbrido, unindo virtual e presencial, com todos os colegas para conversar e focar na diversão. “Isso ajuda muito a criarmos vínculos e enxergar a empresa genuinamente preocupada conosco”, conta.
Veja abaixo os principais mitos e verdades sobre o tema:
Traz motivação: verdade
Pode ser aplicada de diversas maneiras, como um programa para promover bem-estar por meio da atividade física, na qual é possível criar uma competição saudável entre os membros, com uma bonificação no final para quem fizer mais pontos. “Não importa como o jogo será aplicado, ele sempre terá o intuito de incentivar uma maior interação e fazer os indivíduos não se tornarem robôs”, complementa o especialista.
Em 2022, vão aparecer em aplicativos móveis: verdade
Uma tendência para o próximo ano é ter programas voltados a essa iniciativa controlados por dispositivos móveis. O público consome notícias e conteúdos por meio dos smartphones e os aplicativos têm dominado o mercado com a chegada de novas startups. “Em 2022, essa será a tendência”, pontua.
Melhoria no raciocínio lógico: verdade
Jogos exigem concentração, foco e outras diversas habilidades também necessárias no ambiente de trabalho. Assim, é uma maneira de proporcionar isso prazerosamente para os grupos. “Hoje, as pessoas querem trabalhar em um lugar leve, usufruindo de suas habilidades e intensificando seus pontos positivos”, diz Camargos.
Não é possível medir resultados: mito
Os programas gamificados para organizações tendem a migrar para o mundo digital e, junto com a tecnologia, surgem formas de medir os resultados daquele determinado game. “Na VIK, por exemplo, enviamos um relatório de pontos de cada colaborador, o engajamento e índices do programa. É um jeito de mostrar a relevância dos resultados para quem paga a conta”, comenta o sócio-fundador. Ainda de acordo com ele, um programa como esse tornou-se ainda mais vital durante o período de pandemia, quando olhar para a própria saúde e para a de quem está ao redor se tornou essencial.
Além disso, dentro do ambiente corporativo, cuidar dos funcionários é um modo de aproximá-los ainda mais da empresa. “Cada vez mais enxergamos como quem zela pela saúde física e mental tem melhor autoestima, mais disposição ao labor e a novos desafios. Quando uma pessoa muda um hábito benéfico, ela se sente mais empoderada. Principalmente em um período tão delicado como o da crise sanitária, para a marca ter sucesso é preciso investir em quem faz a coisa acontecer”, finaliza o especialista.