O ambiente corporativo é muito desafiador e isso se agravou com a pandemia. Convivemos, cada vez mais, com doenças associadas ao estresse, sobrecarga física e emocional, depressão, dependência química, síndrome do pânico, ansiedade e, mais recentemente, burnout. Isso mostra a importância de dar valor à saúde mental, equilibrando a vida pessoal e profissional.
O equilíbrio
Muitos desses problemas são atribuídos ao desequilíbrio, pois impacta negativamente a qualidade de vida. As demandas da sociedade vem crescendo e, para muitas pessoas, gerando mais pressão, cobranças, expectativas, frustrações, exposições e comparações. “Estamos em um ambiente de redes sociais, smartphones, Internet, "haters" e "stories". Essas tecnologias, quando não utilizadas adequadamente, podem agravar muito a situação”, comenta o conselheiro da Wintepe, Elber Mazaro.
Segundo a pesquisa divulgada em outubro de 2021, pela tradicional revista científica The Lancet, no Reino Unido, em 2020 foram registrados cerca de 76 milhões de novos casos de ansiedade em todo o mundo. Esse número indica um crescimento de 26% sobre os relatados no ano anterior. Ou seja, os meses de isolamento social, notícias ruins e outras diversas dificuldades, afetaram demais a população.
“Isso acontece, por exemplo, quando assistimos a um filme de suspense. Nós não sabemos os próximos acontecimentos e, por isso, sentimos medo, mudamos a nossa forma de respirar, nossos ombros ficam tensos e até perdemos o contato dos pés com o chão, prejudicando o fluxo da nossa energia interna. Nosso cérebro, inconscientemente, considera um perigo real e nos coloca nessa posição instintiva de lutar ou fugir”, explica a terapeuta Catia Simionato.
A ansiedade no mundo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS, o Brasil lidera o ranking global no assunto. Isso pode ser explicado por alguns motivos, como o fato do país ser o terceiro maior usuário diário da Internet, o cenário dramático por conta da Covid-19 e a condição econômica. É difícil saber ao certo qual o principal causador, mas é preciso dar atenção a esse assunto.
“Um dos riscos desse distúrbio é deixar a pessoa em um estado emocional tão afetado, até ocasionar em doenças físicas, chamadas de psicossomáticas. Ou seja, quando nossas emoções são somatizadas e atacam diretamente o corpo. Na maioria das vezes, são apenas histórias criadas sobre o futuro porque a gente não sabe nada”, complementa Catia.
Para isso, existem algumas dicas a seguir para diminuir o impacto dos pensamentos negativos em nosso cotidiano.
- Comparar o medo com a realidade: mesmo com algo realmente acontecendo, é importante saber lidar com a situação.
- Meditar: com ela, se tira a atenção de imaginar coisas ruins e se concentra na respiração. Outra opção é a caminhada meditativa.
- Exercitar-se: a prática regular de exercícios físicos é fundamental para a saúde física e mental. Além de ajudar a prevenir doenças, proporciona a sensação de bem-estar e relaxamento, contribuindo com a qualidade de vida.
- Buscar ajuda profissional: é fundamental ter alguém tecnicamente preparado para apoiar e dizer para onde ir.
- Contar com a tecnologia: existem diversas possibilidades na web para te auxiliar nesse momento. Algumas até gratuitas.
Com o avanço da vacinação e a consequente redução de números de casos e óbitos provocados pelo coronavírus, aos poucos as coisas vão voltando ao normal e a tendência é um ambiente mais leve, menos preocupações e a diminuição do estresse nas pessoas. Contudo, algumas precisarão de acolhimento e, para isso, os amigos e familiares serão essenciais.
Portanto, leve a sério esses problemas e dê suporte para quem está próximo de você. Esses transtornos podem tomar grandes proporções e devem ser tratados logo quando percebidos. Um ombro amigo é fundamental para ajudar a esfriar a cabeça, espairecer e descontrair. Conte sempre com o Nube!