O que vem a sua mente quando falamos em sabotagem? Alguém puxar seu tapete? Contudo, nem sempre o “boicote” vem do outro, talvez o mais cruel venha do nosso próprio inconsciente, cercado por crenças limitantes. Isso, muitas vezes, nos impede de crescer pessoalmente ou profissionalmente.
O que acontece?
A descrença e o desânimo são causados por imaturidade emocional, na qual o indivíduo não se permite ser feliz ou bem sucedido. “Em linhas gerais, são grandes redes de pensamentos ou atitudes e comportamentos negativos e pessimistas, como a raiva, medo, ódio, vingança, culpa, ansiedade e vergonha. Eles nos impedem de evoluir”, diz a psicanalista e doutora Andrea Ladislau.
De acordo com ela, as maiores frustrações do sucesso são o medo, o desejo de permanecer na zona de conforto, a vaidade, a prepotência, a falta de organização e planejamento, a ausência de objetivos e foco, a procrastinação, a desmotivação e, por fim, as convicções limitadoras. “Essas últimas, podem acompanhar o indivíduo desde a infância e quando adultos, se não forem bem administradas, podem dificultar relacionamentos pessoais e até a compreensão do mundo”, explica a especialista.
Segundo estudo do neurocientista, psicanalista, biólogo, professor e doutor Fabiano de Abreu, publicado no Brazilian Journal of Development, os indivíduos buscam aprovação social e atenção constante. Como consequência, sente-se aflito e torna-se emocionalmente dependente.
“Estamos presenciando um estágio de personalidades dramáticas, o qual desencadeia distúrbios e síndromes. Isso está fazendo a sociedade adoecer e aumenta ainda mais a prevalência do sentimento ansioso, gerando um comportamento anti-social generalizado”, comenta o doutor.
Como superar?
Apesar de ser muito doloroso e limitante, esse “jogo” pode virar a qualquer momento, desenvolvendo a maturidade. “Afinal, esse problema é um auto engano, uma projeção falsa de si e da realidade, por inconsciência e medo de olhar para dentro e quebrar as amarras”, analisa a doutora.
Como sair disso? Por meio da autoconsciência, autoquestionamento, autocontrole, análise, sublimação - fazer alguma atividade prazerosa - e da motivação, esclarece Andrea. “A forma como a pessoa se relaciona consigo própria facilita a maneira como convive com os outros, com a empatia afetiva, cognitiva, a preocupação e a aptidão social”, expõe.
Outro ponto importante é a força positiva e não levar tudo tão a sério. Os erros e falhas fazem parte do ser humano e devem servir como aprendizado e desafio. “O ciclo todo é composto de emoções negativas. Ele começa com o medo, uma reação primária. Quando nascemos, choramos por isso”, comenta a psicanalista.
Ao controlar melhor esses lapsos, muitos benefícios serão gerados para a mente e para o corpo, como níveis menores de produção dos hormônios ligados ao estresse. “Além disso, tem-se um sistema imunológico mais eficiente, reduzindo as chances de contrair doenças. Há também a redução de pressão arterial, do aparecimento de dores crônicas, uma melhor higienização do sono e maiores chances de controle de possíveis alterações do distúrbio alimentar”, complementa Andrea.
Enfim, é preciso se conscientizar da necessidade de mudança de padrões mentais e comportamentais. “Afinal, alguns sentimentos e emoções quando surgem, se não controlados, podem ativar outras emoções negativas, drenando energia, limitando forças e gerando fantasmas desnecessários”, finaliza a psicanalista.
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