Embora muitas pessoas ainda não tenham criado coragem para dar o pontapé inicial e tirar as ideias da gaveta, abrir o próprio negócio é sonho de muitos brasileiros. Além disso, a pandemia impulsionou o crescimento do empreendedorismo - no último ano, marcado pela adesão de mulheres, jovens e pessoas com mais de 55 anos - atingindo o maior nível da série histórica da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
MEIs não param de crescer
Só para ter uma ideia, apenas em 2020, mais de 2 milhões de MEIs (Microempreendedores Individuais) abriram suas empresas no país, o maior número até então. Segundo dados do Sebrae, ao todo, são mais de 11 milhões de brasileiros ativos na modalidade. Apesar desse elevado número, muitas demandas regionais de consumidores em bairros, cidades e estados, por exemplo, são mal atendidas
Diante desse novo cenário, é preciso se manter firme para administrar as adversidades de ser um empreendedor. Portanto, é crucial estudar, entender o perfil de quem tem o poder de compra, conhecer suas necessidades e atuar para suprir as necessidades. Alex Rodrigues, CEO do Laveco do Brasil é um exemplo disso.
Exemplo de sucesso
O empresário fez parte do mundo da educação por mais uma década, mudou de ares seguindo para o mercado gastronômico. Observando uma grande oportunidade, se dedicou para o setor industrial e criou o Laveco partindo de uma vontade pessoal.
Ele sentia falta de um produto capaz de reduzir a quantidade de água utilizada nos restaurantes e acabou desenvolvendo um produto inovador e sustentável. “Isso foi fundamental não só para o meu estabelecimento, mas para todos os outros empreendedores do ramo alimentício. Hoje, os lavatórios móveis estão em todo o Brasil, em Londres e nos mais diversos estabelecimentos”, resume.
Quais são as vantagens de empreender? O CEO traz um compilado sobre o assunto:
- Trabalhar com algo de seu gosto
Geralmente, quem monta um negócio opta por atuar em um setor pelo qual já há um interesse prévio. Mesmo sendo importante verificar a viabilidade da iniciativa no mercado, a paixão também é um elemento imprescindível.
- Liberdade para tomar decisões
Apesar de cada indivíduo poder tomar decisões sobre sua carreira, como membro da equipe de uma empresa, é preciso considerar certos pontos. Já como dono de um CNPJ, você se sente mais livre para optar pelos caminhos a serem seguidos, a área onde se irá investir e como direcionará o projeto.
- Definir os valores nos quais o sua marca irá se pautar
Quando você é parte da empresa de outra pessoa precisa seguir os valores definidos por ela e seguir uma cultura a qual, às vezes, pode não fazer sentido dentro das suas convicções. Agora, quando é você o proprietário, tem a chance colocara sua personalidade em tudo, incluindo especialmente suas crenças, levando-as adiante.
- Aumentar sua renda
O colaborador, se desejar um aumento, precisa conversar com seu supervisor e esperar a aprovação de seu pedido. Já o empreendedor pode conseguir esse retorno por meio do seu próprio esforço.
Essa autonomia inspira Eduarda Monteiro, estudante de administração, a querer seguir o caminho “solo”. “Eu me dou bem com a ideia de construir carreira dentro de uma organização, gosto de estar com um time ao meu lado, mas sempre tive vontade de ir por outra direção”, conta.
Ela tem algumas ideias empreendedoras a seguir e conta estar animada com as possibilidades. “O estágio tem me ajudado muito a entender como as teorias funcionam na prática e isso abre muito nossos olhos para como as coisas poderiam tanto dar certo, quanto errado”, finaliza.